Entre Tanto Entre a rosa desfolhada E o espinho que fere a mĂŁo Entre a poeira da estrada E a escada sem corrimĂŁo Entre a mancha na parede E a falha no vitral Entre o deserto de sede E a montanha de sal Entre o estore avariado E o moscardo na vidraça Entre o cigarro apagado E o veneno na taça Entre a arma que se aponta E a mĂŁo que nĂŁo se estende Entre o mal com que se conta E o bem que nĂŁo se defende Entre o grito e o segredo Presença tĂŁo calculada Entre a loucura e o medo AusĂȘncia tĂŁo arriscada Entre o disco repetido E o silĂȘncio pesado A mesa de pĂ© partido E o verso de pĂ© quebrado Entre a margem e o fundo Entre mim e tanta gente Entre esta casa e o mundo Entre tanto, tĂŁo diferente Em constante recomeço Passa o tempo, muda o espaço Entretanto eu entristeço Mas nĂŁo cedo no que faço E entre o que nĂŁo Ă© nada E tudo aquilo que enfrento HĂĄ uma rima encontrada Um novo fado que invento
Compositor: Manuela de Freitas e Fado Alexandrino AntigoPublicado em 2014 e lançado em 2013 ECAD verificado fonograma #13350532 em 12/Abr/2024 com dados da UBEM
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