Na subida do morro me contaram Que você bateu na minha nega Isso não é direito Bater numa mulher que não é sua Deixou a nega quase nua
No meio da rua A nega quase que virou presunto Eu não gostei daquele assunto Hoje venho resolvido Vou lhe mandar para a cidade de pé junto Vou lhe tornar em um defunto
Você mesmo sabe Que eu já fui um malandro malvado Somente estou regenerado Cheio de malícia Dei trabalho à polícia pra cachorro Dei até no dono do morro
Mas nunca abusei De uma mulher que fosse de um amigo Agora me zanguei consigo Hoje venho animado A lhe deixar todo cortado Vou dar-lhe um castigo Meto-lhe o aço no abdômen E tiro fora o teu umbigo
Vocês não se afobem Que o homem desta vez não vai morrer Se ele voltar dou pra valer Vocês botem terra neste sangue Não é guerra, é brincadeira Vou desguiando na carreira
A justa já vem E vocês digam que eu estou me aprontando Enquanto eu vou me desguiando Vocês vão ao distrito Ao delerusca se desculpando Foi um malandro apaixonado Que acabou se suicidando
Compositores: Antonio Moreira da Silva (Moreira da Silva), Antonio Ribeiro da Cunha (Ribeiro Cunha) ECAD: Obra #21204 Fonograma #2491246