Negra dor, cresce em mim, mas por favor Leve não, sede, fome, vinho e pão, cálice Era tudo, hoje nada. Sinta, vele, morte, vida
Um dia a mais, um céu azul O norte perde-se no sul, desilusão Não quero paz, quero a incerta ladeira do caos a verdadeira dor
Não me ofereça a cidade agora Nem me ofereça a mão e vá embora Não quero o perdão nos seus olhos que miram perdoam sem saber porque
Quero a dignidade fria Malignidade sem vez Os homens, os livros, as teses, mulheres As doces fraquezas do ser
Negra dor, cresce em mim, mas por favor Leve não, sede, fome, vinho e pão, cálice Era tudo, hoje nada. Sinta, vele, morte, vida
O meu corpo a tua casa e tua casa se fechou em solidão Tu rondas sem razão no escuro sem ter minha carne a sua ração Vê que minha derrota é a tua gloria e tua gloria inglória kamikaze de que? Negra-bomba, homem bomba, maligna-bomba sem ter nem porque
Tantas preces que te repudiam A tua palavra o silêncio E o meu silêncio é tua vitória me diga vitória de que?
Não me ofereça a cidade agora Nem me ofereça a mão e vá embora Não quero o perdão nos seus olhos que miram perdoam sem saber porque
Quero a dignidade fria Malignidade sem vez Os homens, os livros, as teses, mulheres As doces fraquezas do ser
Negra dor, cresce em mim, mas por favor Leve não, sede, fome, vinho e pão, cálice Era tudo, hoje nada. Sinta, vele, morte, vida, chão.
Compositores: Matheus Campos Caldeira Brant, Renato Rosa Barros Baptista ECAD: Obra #2846958 Fonograma #5735738