A palavra sorri e chora Joga sangue em nossa veia Como a teia de desenrola Pra sugar da vida a ceia
Dezessete légua e meia É o tempo que se demora No jogo, na brincadeira Com as cordas da viola
A palavra e a viola São margens do mesmo rio De um lado canta a memória Do outro desafio
A palavra e a viola São margens do mesmo rio De um lado canta a memória Do outro desafio
Uma porta de entrada Abrindo pro mato bravio Um menino na estrada Distraído no assovio
Convida a ouvir o pio Do cantar da passarada E o vento breve arredio Harmoniza embolada
A palavra e a viola São margens do mesmo rio De um lado canta a memória Do outro desafio
Um olhar se encanta e pena De tanta delicadeza Nunca viu coisa pequena Ampliar a natureza
Um pano que veste mesa Um poço de água serena Viola namora presa Palavra prepara a cena
A palavra e a viola São margens do mesmo rio De um lado canta a memória Do outro desafio
Esta cena se completa No longe do aboio vazio Disparando feito seta O seu desejo no cio
E nas margens desse rio Vida e morte se acertam Palavra afina o fio Viola dá voz ao poeta
A palavra e a viola
Compositores: Jose Jorge Miquinioty (Jose Jorge) (SICAM), Mauro Marcondes Rodrigues (Mauro Marcondes) (AMAR)Publicado em 2017 (07/Mai) e lançado em 2017 (18/Out)ECAD verificado obra #19868538 e fonograma #13897619 em 13/Abr/2024 com dados da UBEM