É coisa braba quando um bagual se embodoca mete “as pata” na cangalha, esconde a cara abrindo toca. Parece que o chão se muda, vai pra riba do chapéu e a gente tem a impressão de andar pisando no céu. Me vou na boca do maula campeio e não acho a doma um tigre fugiu da jaula e se foi batendo carona. Resta então, um “reio” brabo os “dente” afiado da espora uma mancha de campo limpo e a fé em Nossa Senhora. Nossa Senhora, nossa Santa Aparecida! Proteja o pago gaúcho desses “corcóveos” da vida...
Eu te carrego, na copa deste sombreiro. Pois nada é mais poderoso que a fé de um índio campeiro. É coisa braba quando um touro se renega vira a cabeça pra grota e sai esmagando macega. Troveja o céu do Rio Grande treme o chão num atropelo e o pampa ferve no sangue quando arrepia o cabelo. É ai que um “doze braças” se desata sem receio e que se conhece a raça de um vivente dos “arreio”. Cruzo o rastro e empurro o tento, no templo do campo afora peço a bênção pra esta armada pra Deus e Nossa Senhora.
Compositores: Mauro Sergio Montenegro Moraes (Mauro Moraes), Anomar Danubio Machado Vieira ECAD: Obra #2935740 Fonograma #1393151