Vez por outra alguma tropa se perde sem deixar rastro, leva sementes de pasto pra brotar em campo “ajeno”... Volta e meia algum “moreno” no altar de “una pulperia” trança rima e melodia amaciadas de sereno. Neste chão “apaysanado” duas línguas, mesmo idioma do basto, espora e cambona, do quero-quero e “zorzal”. Vento pampa, oriental brisa mansa, brasileira que se mesclam nas “praderas” num chamamento ancestral. Fronteira... Nunca “frouxemo” o garrão! Fronteira... Nem “refuguemo” bolada!
Fronteira... “Semo” mesmo, um do outro, da mesma pega de potro. Da mesma lida campeira. do velho e bueno “oh de casa”! La campana, un reservado “el tiento crudo”, “el culero” um redomão y “el domero” retratos pra botar em quadro! Bocal, rédeas... cacho atado milonga, poncho e pañuelo e uma história de sinuelo num amor contrabandeado. São essas coisas nativas no dia a dia da linha de um destino que caminha cambiando as vezes de pago. Se é de um... ou de outro lado depende da circunstância duas pátrias, mesma estância dos dois lados do alambrado.
Compositores: Mauro Sergio Montenegro Moraes (Mauro Moraes), Anomar Danubio Machado Vieira ECAD: Obra #2935879