Quando assovia meu laço esparramando rodilha argola, ilhapa e presilha vão conversando no espaço... Seguindo o mesmo compasso tenteio buscando “uns toco”, e não se tira pra louco quem tem confiança no braço! Ali na toca dos olhos meu “doze braças”se acampa fazendo ninho nas guampas sem dar tirão no novilho... Herança de pai pra filho de meter corda por gosto e defender o meu posto sobre “as cruz” de um “doradilho” Sou capataz “hace tiempos” da “Estância da Goiabeira” cá no garrão da fronteira onde o mais taura é quem berra... O laço é arma de guerra quando alguém refuga o curso vai no endereço dos “pulso”
e é boi “bolcado” na terra Sempre que encilho o cavalo seja pra serviço ou festa tapeio um chapéu na testa e ato o “mangueira’ nos tentos... De a favor ou contra o vento na cancha ou no campo aberto sai da mão num tiro certo - depois que meto... sustento!. Quatro ramais bem tramados com capricho e devoção tentos “sacados” a mão pelo seu “Santo Machado”... Pra os rodeios, um chumbado lageano, trança de seis que de uma china ganhei no dia em que eu fui pealado! Passo um fígado de vaca para conservar a armadura e assim mantenho a figura de laçador que incomoda... Desse jeito a minha moda e as “bendição”de campeiro levo meu pago fronteiro pra diante, metendo corda.
Compositores: Mauro Sergio Montenegro Moraes (Mauro Moraes), Anomar Danubio Machado Vieira ECAD: Obra #2363926 Fonograma #1203130