Atraca essa milonga meu compadre veio mete o cavalo que o rio da passo atola na várzea até chega na junta e de poncho nunca mete os burro nágua... Ela enche os tubo feito pau de enchente ela iguala a gente quando manda bala meia escramuçada, meia redomona ela é do tipo à-toa, ela é da nossa laia... Ela é da fronteira, ela é musiqueira e quanto mais campeira mais solta das “pata”, quando ajeita um verso de arrasta os tareco no cano do berro, na ponta da faca! Atraca essa milonga meu compadre veio atraca no más e de peito inflado enfia goela abaixo essa melodia de “aparta” vaca com cria lá no Toro Passo... E se alguma idéia te sobrar na telha e se alguma lenha te incendiar os olhos encerra as ovelhas solta os cachorros no rastro dos “loco” de violão no colo. Atraca no más, meu compadre veio que esse milongueio é de parar rodeio e atorar no meio essa judiaria de negar porfia e de sentar o “reio”... Pega um mate essa alma boa e tapa de milonga essa campereada de escora no freio um verso desdomado e de pechar boi brabo numa paleteada.
Compositor: Mauro Sergio Montenegro Moraes (Mauro Moraes) ECAD: Obra #2363943 Fonograma #1203137