Apertei a sobrecincha contra um pelegão “vermeio” na sombra de um aba larga de quase palmo e meio. Atirei o poncho no ombro que esse meu pingo é arisco um mouro-pampa crioulo de “botá” em capa de disco. Acomodei minha estampa nas encilhas deste mouro que tem sangue Cinco Salsos cria da terra do ouro. Se lhe “tóco” nas esporas fica assim que é um marimbondo encosta o queixo no peito e tranqueia “os quarto redondo”. Me larguei num “buenas tarde” que daqui até lá é um “upa” pra chegar no rancho dela com a lua pela garupa. E aí, dentro da noite, qualquer romance é pequeno
eu mato a sede dos mates e o mouro pasta o sereno. Já achei um nome bueno pra registrar esse pingaço vai se chamar: - Leva moça da Cabanha do Vistaço. Mês que vem, lá nos rodeios, meto corda e paleteada pra apresentar o mouro-pampa tranqueando de cola atada. Esse pingo vale as contas que arrumei pro ano inteiro mas se der confirmação vendo cria pros lindeiros. Ou então vai ser do mundo - da estrada dos que não tem - vai passar levando china pesada nos recavém... Quando avistarem chegando um gaúcho e um mouro-pampa podem chegar nas janelas pra apreciarem nossa estampa. “Sêmo” dois na mesma sina de quem vive campo afora... Que eu ando no tranco dele e ele, na minha espora!
Compositores: Mauro Sergio Montenegro Moraes (Mauro Moraes), Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira) ECAD: Obra #2936000 Fonograma #25748146