O para peito das “casa” cortado ao vão da cancela um sonido de barbela parido no mesmo embalo... Quando tranqueia o cavalo no rumo duma invernada atiço junto a cuscada deixando um rancho tapera. A lida sempre atropela marca no cano da bota e o “guaipequedo” na volta molhando o faro em sereno... E o velho contra veneno pra alguma tigra brazina sua vida que segue a sina tenteando a boca da grota. É bem assim no Rio Grande pampa e fronteira se entona num lote de vaquilhona mostrando a mossa da cola... E o choro lindo da espora quando me largo pra vila com o bolso cheio dos “pila” buscando um som de cordeona. A cordeirada que estende num coxilhão da invernada retoça sobre a florada da primavera fronteira... Apeio bem na porteira donde um barreiro se acampa abrindo o peito pra pampa com a vida aquerenciada. O gancho do paraíso de alma enferrujada descanso da cabeçada quando a manhã se termina... Mescla de sal e de crina sovando a trança do couro lombo suado de mouro rumando o calmo da aguada.
Compositores: Mauro Sergio Montenegro Moraes (Mauro Moraes), Fernando de Souza Soares (Fernando Soares) ECAD: Obra #2363976 Fonograma #1203141