Aba larga retovado, pala de seda no braço E o choro fino do aço das chilenas no garrão Encilhei um milongão, não vi que era dos veiaco E sacudiu os meus caco bem no que sai do violão
No alambrado das cordas quis me apertar no floreio Aprumei um bordoneio bem na dobra da virilha Quando um taura se enforquilha é duro de se pelar Se ponho a guitarrear sou pampa em riba da encilha
Pra ginetear de bolada um milongão dos veiaco “hay de tener” fé no taco e uma alma guitarreira Um batidão de fronteira mais firme do que um palanque Que desde o primeiro arranque já enrede o mau na soiteira
Do jeito que o diabo gosta se prendeu mandando garra No parador da guitarra escondeu a cara co´as mão E eu gritei com o milongão e aticei a cachorrada Que a vida não vale nada se não se tem tradição
Tem que ter corpo leviano e um dedilhado campeiro Pra mostar pra um caborteiro qual é o pau que dá cavaco Calçar os ferro no sovaco esfregar o pala na cara Não é qualquer um que para num milongão dos veiaco!
Compositor: Mauro Sergio Montenegro Moraes (Mauro Moraes) ECAD: Obra #1264230 Fonograma #848072