Miguel Marques
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De Chuvas e Milongas

Miguel Marques


Quando a chuva mansamente abre a cancela
Molhando pilchas esquecidas nas ramadas
Canta na noite novos timbres excitados
Pois das milongas Ă© a mais linda namorada

E dos baldrames vĂȘm os ponchos quase ranchos
Porque essa chuva orquestral se advinha
sobre os vincos dos galpÔes marca compassos
e aos cantares complementa as entrelinhas

Quanda a chuva seduzida chega em mangas
Amontada num corcel de alvo pĂȘlo
Se enamorada das guitarras igual noiva
E arco-íris pÔe tiara nos cabelos

Quanda a chuva seduzida chega em mangas
Amontada num corcel de alvo pĂȘlo
Se enamorada das guitarras igual noiva
E arco-íris pÔe tiara nos cabelos

Sobre a terra vem beijar quinchas e campos
Essas chuvas passageiras dos verÔes
Deixaram rastros de saudades nos viventes
Reascenderam os cavacos das paixÔes

Noite grande que aos rondeiros mais se alonga
Rebenqueando solidÔes xucras e mågoas
Linda musa celestial para as milongas
Que se vão navegando em poças d'ågua

Quanda a chuva seduzida chega em mangas
Amontada num corcel de alvo pĂȘlo
Se enamorada das guitarras igual noiva
E arco-íris pÔe tiara nos cabelos

Quanda a chuva seduzida chega em mangas
Amontada num corcel de alvo pĂȘlo
Se enamorada das guitarras igual noiva
E arco-íris pÔe tiara nos cabelos

Compositores: Sergio da Rosa (Sergio Rosa), Lauro Antonio Correa Simoes (Lauro Simoes)
ECAD: Obra #59061 Fonograma #123565

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