(“Se eu vejo um velho solitário abandonado Fico apiedado, sinto que da alma não sai Um pai sozinho pode cuidar de dez filhos Porém dez filhos não cuidam de um só pai”)
Árvore triste solitária ao pé da estrada À espera só de um vento forte pra cair Assim o velho espera o fim da vida só Sem ter mais força para a vida resistir
Foi moço um dia, também amou e foi amado Viveu a glória de cantar e ser feliz Abriu caminhos onde agora nós passamos Para dar frutos se fez tronco e foi raiz
Foram seus filhos mais os netos pelo mundo E pouco a pouco assim sozinho ele ficou Hoje esquecido aguarda o fim que não demora Para voltar ao velho chão que tanto amou
Foram parentes, bons amigos e toda a vida Ficou apenas um tristonho coração Dura verdade ele teve que prender É que a velhice tem por nome solidão
Nunca pergunte à um pobre velho o que lhe espera Porque a resposta na sua alma vai doer Se você é moço e pensa que esse mundo é seu Vai chegar logo a sua vez de envelhecer
Ampare o velho, não lhe negue o seu carinho Com muito amor de sua vida é nosso o fim Faça por ele o que deseja que lhe façam Quando você também ficar um velho assim