Não vou me embora nem que o Meu patrão me mande Só depois da hora Grande eu vou subir Dizia o moço vestido de branco Se dizendo pai de santo No terreiro do Seu Tiriri
No terreiro do Seu Tiriri Se errar o coro come Tiriri levou o homem lá Pro fundo de quintal Apanhou uma garrafa de marafo Misturou com azeite de dendê Um pedaço de fumo e pimenta Botou na panela pra ferver E mandou o crioulo ajoelhar E tomar tudo aquilo de uma vez
Disse: Nêgo, tu vai me pagar A vergonha que me fez
Tiriri deu gargalhada Olhou pro clarão da lua e disse Moleque, tu vai aprender A respeitar Povo de Rua
Quem quiser rabo de saia Vai buscar noutro lugar No terreiro da Vovó Esse nêgo não vai se criar
Quando uma moça balança O nêgo avança e vai segurar Mas se for perna de calça Ele nem sai do lugar
Vovó só tá espiando Esse nêgo aproveitador Qualquer dia ele Toma um surreiro E sai do terreiro Naquela de horror
Vovó veio do cativeiro Pra fazer caridade Mas não quer filho da Terra Abusando da sua bondade
Ela é de Bahia, ela é feiticeira Ela vence a demanda Respeitada na mesa de Umbanda E em todo lugar Vovó falou que vai dar um coro nesse fim de feira Eu só sei que de qualquer maneira Esse nêgo vai ter que pagar
Ele tem que pagar Esse nêgo vai ter que pagar Ele tem que pagar Esse nêgo vai ter que pagar
Compositores: Hildmar Diniz (Monarco), Gilberto da Silva (Betinho da Balanca) ECAD: Obra #86962 Fonograma #634688