Surgido no fim dos anos 90, euma das tais épocas de entressafra do rock inglês, MUSE, conseguiu não só o feito raro de se firmar como banda média, grande ou gigante (dependendo do país) como melhorar com o tempo. Se no começo a mistura de guitarras pesadas com os vocais afetados de Matt Bellamy afastava muita gente, hoje o trio goza do provilégio de ser ao menos respeitado por grande parcela de público e crítica.
Já ao vivo os caras sempre tiveram boa fama. Em várias ocasiões eles roubaram a cena em grandes festivais e na Inglaterra a popularidade da banda crescente da banda culminou ano passado com um show no estádio de Wembley (registrado no cd/dvd H.A.A.R.P.).
No Brasil a banda obviamente não atrai 50 mil pessoas, mas é popular o bastante para quase encher uma casa de porte médio, como foi o caso do HSBC Brasil.
Assim como no show do Keane de 2007, os brasileiros viram um show de arena adapatado para um espaço mais intimista, com direito a telão mostrando vídeos (mas não a performance da banda) e alguns truques como bombas de fumaça, ou uma chuva de papel picado (que não funcionou lá muito bem).
Com uns 20 minutos de atraso, a banda subiu ao palco ao som de Knights Of Cydonia e uma coisa ficou clara, se em disco a banda soa como uma mistura de rock inglês da segunda metade dos anos 80 com o americano dos 90 (além das pitadas de Radiohead), ao vivo eles viram quase uma banda de metal. Os falsetes de Bellamy são de dar inveja em muito Bruce Dickinson ou Detonator e a platéia adora acompanhar os riffs com ôôôô, como acontece em qualquer show do Ozzy Osbourne ou Iron Maiden.
O curioso é que apesar dessa vocação para o rock de arena, a postura da banda é típica de banda indie, com poucos momentos de papo ou interação com a platéia (tirando os eventuais muito obrigado de praxe). Não que esta tenha se importado. Do início até a última música, Take A Bow (com o telão imitando efeitos de laser e a intro com os teclados dando a impressão de show do The Who) quase duas horas depois, a maioria do público ainda pulava e cantava junto boa parte das letras.
Quanto ao repertório, ele foi semelhante ao do dvd recém-lançado. O álbum estúdio mais recente, Black Holes and Revelations, de 2006 formou o grosso do show que foram intercalados com alguns singles mais antigos, como Plug In Baby, essa com direito a balões caindo do teto, e Sunburn, além de algumas jams e brincadeiras entre uma música e outra . Em São Paulo a surpresa foi Bliss que não havia sido tocada no Rio.
No final das contas mesmo sem convencer totalmente os que não eram fãs de carteirinha, a banda provou que a fama de boa de palco é justificada e fica a recomendação para que os brasilienses confiram o show de sábado dentro do Porão do Rock.
(Leandro Saueia)
Já ao vivo os caras sempre tiveram boa fama. Em várias ocasiões eles roubaram a cena em grandes festivais e na Inglaterra a popularidade da banda crescente da banda culminou ano passado com um show no estádio de Wembley (registrado no cd/dvd H.A.A.R.P.).
No Brasil a banda obviamente não atrai 50 mil pessoas, mas é popular o bastante para quase encher uma casa de porte médio, como foi o caso do HSBC Brasil.
Assim como no show do Keane de 2007, os brasileiros viram um show de arena adapatado para um espaço mais intimista, com direito a telão mostrando vídeos (mas não a performance da banda) e alguns truques como bombas de fumaça, ou uma chuva de papel picado (que não funcionou lá muito bem).
Com uns 20 minutos de atraso, a banda subiu ao palco ao som de Knights Of Cydonia e uma coisa ficou clara, se em disco a banda soa como uma mistura de rock inglês da segunda metade dos anos 80 com o americano dos 90 (além das pitadas de Radiohead), ao vivo eles viram quase uma banda de metal. Os falsetes de Bellamy são de dar inveja em muito Bruce Dickinson ou Detonator e a platéia adora acompanhar os riffs com ôôôô, como acontece em qualquer show do Ozzy Osbourne ou Iron Maiden.
O curioso é que apesar dessa vocação para o rock de arena, a postura da banda é típica de banda indie, com poucos momentos de papo ou interação com a platéia (tirando os eventuais muito obrigado de praxe). Não que esta tenha se importado. Do início até a última música, Take A Bow (com o telão imitando efeitos de laser e a intro com os teclados dando a impressão de show do The Who) quase duas horas depois, a maioria do público ainda pulava e cantava junto boa parte das letras.
Quanto ao repertório, ele foi semelhante ao do dvd recém-lançado. O álbum estúdio mais recente, Black Holes and Revelations, de 2006 formou o grosso do show que foram intercalados com alguns singles mais antigos, como Plug In Baby, essa com direito a balões caindo do teto, e Sunburn, além de algumas jams e brincadeiras entre uma música e outra . Em São Paulo a surpresa foi Bliss que não havia sido tocada no Rio.
No final das contas mesmo sem convencer totalmente os que não eram fãs de carteirinha, a banda provou que a fama de boa de palco é justificada e fica a recomendação para que os brasilienses confiram o show de sábado dentro do Porão do Rock.
(Leandro Saueia)