O que seriam dos discos sem os produtores? Essas figuras que muitas vezes são pouco lembradas pelos fãs são os responsáveis diretos pelo som que sai das caixas de som. São eles que dão a cara final ao trabalho criado pelas bandas e muitas vezes deixam sua marca estampada por todo o trabalho. O que seria dos Beatles por exemplo se não tivessem George Martin para ajudá-los a viabilizar as ideias que pipocavam em suas mentes? Seria impossível em um só especial fazer juz a todos os grandes produtores da história do rock, mas homenageamos aqui três deles que em diversas épocas ajudaram a transformar a profissão de "gravador de discos" na mais pura arte. Esperamos que vocês gostem e que passem a olhar nos discos aquele crédito pequenininho de produtor que fica na contra-capa e valorizem o trabalho desses, muitas vezes, ilustres desconhecidos.




PHIL SPECTOR
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O primeiro produtor superstar do pop, Phil Spector ficou lendário pela criação da "parede de som" onde dezenas de instrumentos eram gravados tocando em uníssono. Entre seus vários êxitos lembramos de Be My Baby com as Ronettes e Unchained Melody com os Righteous Brothers. Desiludido com o fracasso comercial de River Deep, Mountain High que gravou com Tina Turner, em 1965, Spector desde então se tornou uma figura reclusa e misteriosa. Em 1970 ele foi o responsável por dar cara final a Let it Be o derradeiro disco dos Beatles (Lennon e Harrison aprovaram, já McCartney nunca o perdoou pelo arranjo de The Long And Winding Road) e gravou os Ramones em 1980. Desde então ele está mais nas colunas policias que nos cadernos de cultura. Nesse momento ele cumpre pena de 19 anos por assassinato.

Conheça melhor: Phil Spector's Christmas Album - Tido como o melhor disco de natal já gravado. Ou o Box Set Back To Mono que resume a história da Philles Records em quatro CDs.






BRIAN ENO
Brian Eno letras
Há quem diga que Brian Eno é a pessoa mais importante a ter surgido na música pop nos últimos 40 anos e é bem capaz que elas estejam certas. Brian Eno começou no ínício dos anos 70 pilotando sintetizadores e tapes no Roxy Music. Após deixar a banda ele gravou uma série de álbuns pop lindamente bizarros e depois criou o conceito de "música ambiente". Ele ainda colaborou na famosa "trilogia de Berlim" de David Bowie e após trabalhar com os Talking Heads, ganhou fama e fortuna ao produzir diversos álbuns do U2 ao lado de Daniel Lanois. Eno acredita que a mesa de som é um instrumento e ele usa e abusa desse conceito. Outra característica são os cartões com mensagens aparentemente desconexas que usa para estimular as bandas a atingirem um certo som (exemplo: "que erros você cometeu da última vez?")

Conheça melhor: Another Green World de 1975 é o mais indicado entre os seus inúmeros discos solo. Entre as produções, Remain in Light dos Talking Heads e Achtung Baby do U2.






RICK RUBIN
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Nos anos 80 Rick Rubin produziu (e em alguns casos lançou pela sua Def Jam Records) vários dos primeiros clássicos do rap (LL Cool J, Beastie Boys). Com Walk This Way (feat. Aerosmith) do Run DMC ele ajudou a tirar o gênero do gueto. Rubin também adora metal e rockão pesado o que levou a gravar gente como o Slayer e o The Cult.
Na década de 90 ele trabalhou com os Red Hot Chilli Peppers e Tom Petty mas sobretudo recuperou a carreira do grande Johny Cash. Nos últimos anos Rubin se tornou o "pau pra toda obra". Seja recuperando as raízes thrash do Metallica de Death Magnetic ou forjando o metal do século 21 com o System of a Down, e também do Linkin Park. Mas como nem tudo sempre funciona, o disco que ele pretendia gravar com o U2 não foi em frente por incompatibilidade de métodos de trabalho.

Conheça melho:r Raising Hell do Run DMC, Reign in Blood do Slayer, American Recordings IV de Johnny Cash e Blood Sugar Sex Magic dos Red Hot Chilli Peppers.