CLARENCE CLEMONS
A triste e inesperada morte do saxofonista Clarence Clemons no último fim de semana nos lembra que para que o ator principal brilhe é preciso que ele esteja cercado de bons coadjuvantes. Na verdade podemos falar que um dos grandes trunfos da E-Street Band de Bruce Springsteen é que quase todos ali poderiam tranquilamente serem líderes - e foi isso que tornou a música de Bruce tão poderosa. O fato é que vai ser difícil ver um show de Springsteen sem a presença do saxofonista, o tipo de músico impossível de ser substituído, não só por sua técnica, mas também pela sua imponência e forte presença de palco. Clemons além de ter trazido de volta o som do sax para o rock adicionou uma camada extra de drama às canções de Bruce. Como disse um crítico, ele tinha o talento de tornar grandes canções ainda melhores.
RANDY RHOADS
Em 1980 Ozzy Osbourne estava nas últimas. Seus abusos custaram seu posto no Black Sabbath e sua morte não causaria espanto em ninguém. A salvação veio com sua empresária, e logo esposa, Sharon Osbourne, que começou a botar Ozzy e sua carreira nos eixos. O primeiro passo era arrumar músicos para acompanhá-lo e foi assim que um guitarrista de 24 anos deixou todo mundo de queixo caído com tamanha técnica e habilidade. Era Randy Rhoads que ajudou Osbourne a criar vários de seus primeiros clássicos e imediatamente se tornou um herói da guitarra. Infelizmente a parceria acabou em 1982 após o monomotor que o carregava ter se espatifado no chão, ao que se consta por imperícia do piloto. Ozzy caiu em profunda depressão e tocou a carreira como deu. Mas ainda hoje o cantor sente a falta de Randy que ele não cansa de dizer, foi o maior talento com quem trabalhou.
BERNIE TAUPIN
Elton John uma das maiores estrelas de todos os tempos e autor de uma infinidade de sucessos você conhece. Agora talvez não saiba que boa parte de toda essa brilhante trajetória tem outro responsável. Em 1967 um anúncio no NME buscando novos compositores foi respondido por Bernie Taupin e também por um rapaz chamado Reginald Dwight. Ray Williams da Liberty Records, que tinha feito o tal anúncio, como teste pediu para Reginald musicar as letras de Taupin. Nascia assim uma das maiores parcerias da história que deslanchou quando Reg mudou seu nome para Elton.
A partir de 1970 a dupla emplacou uma série invejável de sucessos que talvez não tivessem acontecido sem as letras de Taupin que variam do autobiográfico ao fantasioso. Tirando um pequeno período no fim dos anos 70/início dos 80 a dupla jamais se separou.