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Dire Straits - Brothers in Arms
O quinto álbum dos Dire Straits foi escolhido pela Phillips para difundir de vez o formato CD no planeta. Mais de 30 milhões de cópias - incluindo vários milhões também em vinil e cassete - foram vendidas em todo o mundo e o trabalho pagou por tamanha superexposição.

O próprio líder da banda, Mark Knofler, demorou seis anos para lançar outro disco e, pouco depois, decidiu aposentar de vez o grupo, cansado do som superproduzido e típico dos anos 80 que caracteriza boa parte das faixas aqui presentes.

A verdade é que se os preconceitos forem deixados de lado e o ouvinte relevar alguns pecados da produção, "Brothers In Arms" se mostra um belo trabalho que sobrevive bem ao tempo, especialmente nos momentos mais delicados como "Why Worry", a faixa-título e, principalmente "So Far Away".

Ouça "So Far Away"

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The Jesus And Mary Chain - Psychocandy
Verdadeira antítese do disco dos Dire Straits, o primeiro álbum da banda dos irmãos Reid caiu como uma bomba no cenário de 1985. A fórmula deles era simples, mas soava inovadora> uma mistura de melodias típicas do início dos anos 60 a uma bateria tribal e uma parede de microfonia e distorções.

Quase todo indie rock britânico surgido depois desse disco acabou sendo influenciado de alguma forma por ele. Já a banda tratou de dar uma guinada sonora logo em seguida, ao favorecer timbres bem mais limpos e serenos em seu segundo álbum.

Para marcar os 30 anos de seu lançamento, o grupo está desde o ano passado fazendo alguns shows especiais onde tocam todas as faixas do disco.

Ouça "Just Like Honey"

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Tears For Fears - Songs From The Big Chair
Mais um grande sucesso, cinco de suas oito faixas se tornaram singles, esse é outro álbum que causa discussões. Os fãs de carteirinha dizem que ele é inferior ao primeiro trabalho deles - no que eles podem ter razão. Já os detratores nunca conseguiram embarcar na mistura de tecnopop, rock de arena e letras de divã proposta pela dupla.

Polêmicas à parte, o fato é que o disco sobrevive bem ao tempo e ainda hoje permite que Roland Orzabal e Curt Smith corram o mundo cantando os seus sucessos, vários deles presentes aqui, para plateias numerosas.

Ouça "Everybody Wants To Rule The World"

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The Smiths - Meat is Murder
O segundo álbum de estúdio da banda liderada por Morrissey e Johnny Marr foi o único deles a chegar ao topo da parada britânica. Apesar disso ele acabou se tornando o patinho feio da discografia do grupo, principalmente por não ter nenhum dos grandes clássicos do grupo.

Ainda assim o disco merece ser lembrado, primeiro por ser o disco mais eclético deles, com a banda se arriscando no rockabilly e até no funk, além das baladas e canções mais pop que os celebrizaram. O disco também sempre é lembrado por sua faixa título, uma verdadeira declaração de fé pela causa vegetariana.

A música ainda hoje é o ponto central dos concertos de Morrissey que a executa religiosamente em todos os seus shows - onde ela é acompanhada por uma série de imagens de revirar o estômago filmadas em abatedouros.

Ouça "Meat Is Murder"

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Ultraje A Rigor - Nós Vamos Invadir Sua Praia
O novo rock paulista demorou para se tornar conhecido nacionalmente - basta lembrar que a única artista do estado presente no primeiro Rock In Rio foi Rita Lee, e mesmo ela só foi chamada depois que as reclamações sobre sua ausência se tornaram por demais grandes.

Tudo isso mudou com o lançamento desse álbum, um dos clássicos indiscutíveis do rock brasileiro. O Ultraje já vinha chamando a atenção há pelo menos dois anos, especialmente graças ao compacto "Inútil", mas foi aqui que eles entraram de vez para a história da música brasileira.

Praticamente uma compilação - nove de suas 11 faixas foram sucesso - graças à mistura de rock básico com as boas e bem-humoradas letras de Roger que captaram brilhantemente o estado de espírito do país naquela época de redemocratização.

Ouça a versão original de "Inútil"