Dando sequência à série de matérias especiais sobre os indicados na categoria de álbum do ano do Grammy, hoje falamos sobre "Traveller" do cantor e compositor Chris Stapleton.
Entre os indicados - ele concorre com Taylor Swift, The Weeknd, Alabama Shakes e Kendrick Lamar - Stapleton é o mais desconhecido dos brasileiros, até pela pouca penetração que a música country tem no nosso mercado.
Na verdade, mesmo nos EUA, Stapleton era, até pouco tempo, um nome quase anônimo.
Fora isso, não é muito comum vermos um disco de estreia de um artista de 37 anos. O que não significa que ele seja um novato, mas Chris fez seu nome como uma figura de bastidores, que trabalhava como compositor - seis canções dele chegaram ao topo da parada americana.
Ele também fez parte do SteelDrivers, uma banda de bluegrass responsável pçor "If It Hadn't Been For Love",posteriormente regravada por Adele.
Stapleton assinou um contrato como artista solo em 2013, e aquele que deveria ter sido seu primeiro álbum sequer foi lançado, dada a pequena repercussão conseguida com seu single de estreia.
O compositor se pôs a trabalhar em novas canções que se tornaram "Traveller", lançado no ano passado.
Ouça "Traveller"
A princípio, o trabalho fez um sucesso apenas moderado - ainda que tenha estreado no segundo posto da parada de música country, no top 200 ele estreou na 14ª posição. Mas o disco começou a ressoar. Primeiro entre os críticos, que viram ali uma saída comercialmente viável para o chamado "bro-country" que praticamente toma conta das paradas de country music - com suas influências de pop, rock ou rap e letras sobre mulheres, bebidas e carros (algo próximo do visto no Brasil com a atual música sertaneja).
Stapleton, não esconde que é um tradicionalista, mas sabe que não basta simplesmente imitar os gigantes do passado. Assim, sua música deixa claro que ela vem de uma linhagem ancestral, mas que faz sentido no século 21.
A virada comercial se deu mesmo depois que ele ganhou três importantes prêmios nos CMAs (O "Grammy" da música country): melhor álbum, artista novo e vocalista masculino. O dueto que ele fez com Justin Timberlake em "Drink You Away" também foi um dos grandes momentos da noite e tornaram o rosto de Stapleton mais conhecido.
Como resultado disso, "Traveller" retornou ao top 200 da Billboard, só que agora no primeiro lugar e sua carreira deslanchou.
Verdade seja dita, as chances dele ganhar o prêmio de melhor álbum no Grammy é pequena - o troféu muito provavelmente irá para as mãos de Kendrick Lamar ou Taylor Swift - mas ao menos o prêmio de "melhor álbum de música country", onde ele também concorre, o músico deve ganhar.
Mais importante, o disco certamente está aumentando o interesse e ampliando o alcance da música de Stapler, que pode, e deve, atingir outros públicos, dada a sua qualidade e capacidade de agradar não só os ouvintes de country, mas também quem gosta de southern rock e rock com uma pegada mais "roots".
Ouça Nobody To Blame"
Ouça o som de Chris Stapleton aqui no Vagalume!
Entre os indicados - ele concorre com Taylor Swift, The Weeknd, Alabama Shakes e Kendrick Lamar - Stapleton é o mais desconhecido dos brasileiros, até pela pouca penetração que a música country tem no nosso mercado.
Na verdade, mesmo nos EUA, Stapleton era, até pouco tempo, um nome quase anônimo.
Fora isso, não é muito comum vermos um disco de estreia de um artista de 37 anos. O que não significa que ele seja um novato, mas Chris fez seu nome como uma figura de bastidores, que trabalhava como compositor - seis canções dele chegaram ao topo da parada americana.
Ele também fez parte do SteelDrivers, uma banda de bluegrass responsável pçor "If It Hadn't Been For Love",posteriormente regravada por Adele.
Stapleton assinou um contrato como artista solo em 2013, e aquele que deveria ter sido seu primeiro álbum sequer foi lançado, dada a pequena repercussão conseguida com seu single de estreia.
O compositor se pôs a trabalhar em novas canções que se tornaram "Traveller", lançado no ano passado.
Ouça "Traveller"
A princípio, o trabalho fez um sucesso apenas moderado - ainda que tenha estreado no segundo posto da parada de música country, no top 200 ele estreou na 14ª posição. Mas o disco começou a ressoar. Primeiro entre os críticos, que viram ali uma saída comercialmente viável para o chamado "bro-country" que praticamente toma conta das paradas de country music - com suas influências de pop, rock ou rap e letras sobre mulheres, bebidas e carros (algo próximo do visto no Brasil com a atual música sertaneja).
Stapleton, não esconde que é um tradicionalista, mas sabe que não basta simplesmente imitar os gigantes do passado. Assim, sua música deixa claro que ela vem de uma linhagem ancestral, mas que faz sentido no século 21.
A virada comercial se deu mesmo depois que ele ganhou três importantes prêmios nos CMAs (O "Grammy" da música country): melhor álbum, artista novo e vocalista masculino. O dueto que ele fez com Justin Timberlake em "Drink You Away" também foi um dos grandes momentos da noite e tornaram o rosto de Stapleton mais conhecido.
Como resultado disso, "Traveller" retornou ao top 200 da Billboard, só que agora no primeiro lugar e sua carreira deslanchou.
Verdade seja dita, as chances dele ganhar o prêmio de melhor álbum no Grammy é pequena - o troféu muito provavelmente irá para as mãos de Kendrick Lamar ou Taylor Swift - mas ao menos o prêmio de "melhor álbum de música country", onde ele também concorre, o músico deve ganhar.
Mais importante, o disco certamente está aumentando o interesse e ampliando o alcance da música de Stapler, que pode, e deve, atingir outros públicos, dada a sua qualidade e capacidade de agradar não só os ouvintes de country, mas também quem gosta de southern rock e rock com uma pegada mais "roots".
Ouça Nobody To Blame"
Ouça o som de Chris Stapleton aqui no Vagalume!