Paul McCartney, o outro ex-Beatle vivo, também escreveu sobre a morte do produtor em seu site oficial.
"Se alguém ganhou o titulo de 'quinto Beatle', foi George. Do dia em que ele deu aos Beatles o seu primeiro contrato de gravação, ao último dia em que o vi, ele sempre foi a pessoas mais generosa, inteligente e musical que já tive o prazer de conhecer."
George então disse para eles gravarem daquele jeito e, caso não ficassem satisfeitos, eles gravariam a canção apenas com Paul e seu violão.
Foi George Martin, que trabalhava na Parlophone Records, quem resolveu dar uma chance a um desconhecido quarteto de Liverpool, em 1962, que não estava despertando o interesse de nenhuma gravadora e que acabaria se tornando a maior banda de todos os tempos.

Nesses trabalhos, o grupo revolucionou as técnicas de gravação e mostrou como o estúdio poderia ser usado como um instrumento.
Coube a ele materializar as ideias cada vez mais avançadas da banda, através de edições de fitas, uso de gravações ao contrário ou conseguir sons que soassem como "uma centena de monges tibetanos entoando cânticos" (em "Tomorrow Never Knows") ou um som que fosse "do silêncio absoluto ao infinito" (em "A Day In The Life").

Curiosamente, com o fim dos Beatles, em 1970, Martin, que antes tinha feito fama por gravar discos de humor, raramente produziu outros discos que possam ser chamados de clássicos. A dobradinha "Blow By Blow" (1975)/"Wired" (1976) do guitarrista Jeff Beck merece destaque.
Igualmente dignas de nota, são duas das vezes em que ele voltou a trabalhar com McCartney - no single "Live And Let Die" de 1973 e no álbum "Tug of War" de 1982.
Ouça "A Day In The Life" com os Beatles
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