O CPM 22 é uma das bandas do rock nacional que a cada disco lançado, continua aumentando sua base de fãs. Com duas décadas de carreira, o quinteto lançou seu sétimo disco de estúdio, "Suor e Sacrifício".
O novo trabalho tem agradado os fãs quase que de forma unânime. A sonoridade traz a energia pela qual a banda ficou conhecidas desde seus primeiros trabalhos.
Conversamos com o baterista Japinha, que falou sobre a gravação e músicas de "Suor e Sacrifício", fãs, política e o rock nacional. Veja:
1 - Vocês tinham o álbum pronto bem antes do lançamento (que aconteceu no dia 28 de abril), mas tiveram que esperar devido ao DVD ao vivo do Rock In Rio, lançado no ano passado e que estava em fase de divulgação. Vocês mudaram muita coisa no disco neste período? Chegaram a escrever algo novo ou mudar alguma música pronta?
Sim. Nesse período escrevemos por volta de 9 músicas. Algumas dessas podemos considerar as cerejas do bolo. Tem a minha parceria com o Trever Keith do No Use For A Name ("").
Outra música que destaco é a homenagem do Badauí para o pai dele com "Honrar teu Nome". Essa letra ficou muito boa e foi uma das músicas que gravamos nesse período.
2 - Sobre a sonoridade: é incrível escutar "Suor e Sacrifício" e "A Alguns Quilômetros de Lugar Nenhum" (primeiro disco da banda, lançado em 2000) e ver como vocês mantém a energia daquele tempo. Além disso, tivemos o Trever trabalhando com vocês, a volta do Fernando (baixo) e a chegada do Phil (guitarra). Se você tivesse que definir o clima das gravações, qual seria?
Foram muitas novidades, mas o clima foi tranquilo. Gravamos no estúdio do Fernando e ele o Phil tiveram contribuição muito grande na produção deste trabalho. Acho que nos acostumamos com essa pressão de lançar disco e é diferente de nosso começo de carreira, quando tinha aquela adrenalina e ansiedade para gravar e escutar o que fizemos no estúdio.
3 - São quase 20 anos de intervalo entre o primeiro disco e este novo trabalho. Qual a satistfação para vocês, como representantes do hardcore melódico e punk rock nacional, ver o público de gerações diferentes gostar e se identificar com o som da banda?
Sabe, um tempo atrás fui ao show do Deep Purple e tinha gerações de vô, pai e filho com camisetas da banda, assistindo juntos. Guardadas as devidas proporções, é muito legal ver em nossos shows pais e mães levando seus filhos para curtir.
4 - Qual a sensação não apenas como músico, mas como cidadão, nos dias que estamos vivendo, gravar e divulgar músicas que falam tão abertamente sobre política como neste disco?
Acho muito bom. Crescemos ouvindo o rock dos anos 80, com várias bandas que falavam sobre este tema com suas músicas. Então, sentimos essa necessidade.
Com a crise política e corrupção, o CPM 22 está dando sua "cutucada" também (risos).
5 - A repercussão do disco tem sido ótima. É muito comum a gente ver alguns fãs dizendo o "Rock nacional está vivo". Isso acontece porque o rock nacional perdeu um espaço considerável na grande mídia com os anos. Na opinião de vocês, como está o rock nacional hoje em dia?
Olha, está em estado crítico. Algumas bandas ainda são importantes e tem grande público, como Titãs, Paralamas do Sucesso, Raimundos, Pitty, Detonautas e entre as mais novas algumas se destacam como o Scalene.
Porém, estamos com uma carência de novas bandas de rock. A mudança em como a música é comercializada mudou um pouco isso também, globalmente.
6 - E qual seu recado para essas novas bandas para mudar esse cenário do rock nacional?
Trabalhar bastante em suas próprias músicas. Menos cover e mais músicas próprias. Caprichar na composição e sempre tentar escrever seu próprio material.
Pense em gravar um Cd mesmo, com bastante músicas, para ter 10, 11... 14 músicas! Assim você tem material para seu próprio show.
E também trabalhar na divulgação com a mesma atenção: divulgar suas músicas nas plataformas digitais e estar presente nas redes sociais para interagir com fãs e pessoas que gostem do seu trabalho.
7 - Japinha, mande um recado para os fãs do CPM 22 no Vagalume!
Obrigado ao Vagalume também e todos os fãs que acessam nossas letras. Eu mesmo sempre utilizo o Vagalume, hoje pelo celular, antes acessava pelo meu laptop. É legal ter um site que abranja tantas coisas para os fãs e para as bandas poderem divulgar suas letras e músicas!
Veja letras, fotos e mais do CPM 22 no Vagalume!
O novo trabalho tem agradado os fãs quase que de forma unânime. A sonoridade traz a energia pela qual a banda ficou conhecidas desde seus primeiros trabalhos.
Conversamos com o baterista Japinha, que falou sobre a gravação e músicas de "Suor e Sacrifício", fãs, política e o rock nacional. Veja:
1 - Vocês tinham o álbum pronto bem antes do lançamento (que aconteceu no dia 28 de abril), mas tiveram que esperar devido ao DVD ao vivo do Rock In Rio, lançado no ano passado e que estava em fase de divulgação. Vocês mudaram muita coisa no disco neste período? Chegaram a escrever algo novo ou mudar alguma música pronta?
Sim. Nesse período escrevemos por volta de 9 músicas. Algumas dessas podemos considerar as cerejas do bolo. Tem a minha parceria com o Trever Keith do No Use For A Name ("").
Outra música que destaco é a homenagem do Badauí para o pai dele com "Honrar teu Nome". Essa letra ficou muito boa e foi uma das músicas que gravamos nesse período.
2 - Sobre a sonoridade: é incrível escutar "Suor e Sacrifício" e "A Alguns Quilômetros de Lugar Nenhum" (primeiro disco da banda, lançado em 2000) e ver como vocês mantém a energia daquele tempo. Além disso, tivemos o Trever trabalhando com vocês, a volta do Fernando (baixo) e a chegada do Phil (guitarra). Se você tivesse que definir o clima das gravações, qual seria?
Foram muitas novidades, mas o clima foi tranquilo. Gravamos no estúdio do Fernando e ele o Phil tiveram contribuição muito grande na produção deste trabalho. Acho que nos acostumamos com essa pressão de lançar disco e é diferente de nosso começo de carreira, quando tinha aquela adrenalina e ansiedade para gravar e escutar o que fizemos no estúdio.
3 - São quase 20 anos de intervalo entre o primeiro disco e este novo trabalho. Qual a satistfação para vocês, como representantes do hardcore melódico e punk rock nacional, ver o público de gerações diferentes gostar e se identificar com o som da banda?
Sabe, um tempo atrás fui ao show do Deep Purple e tinha gerações de vô, pai e filho com camisetas da banda, assistindo juntos. Guardadas as devidas proporções, é muito legal ver em nossos shows pais e mães levando seus filhos para curtir.
4 - Qual a sensação não apenas como músico, mas como cidadão, nos dias que estamos vivendo, gravar e divulgar músicas que falam tão abertamente sobre política como neste disco?
Acho muito bom. Crescemos ouvindo o rock dos anos 80, com várias bandas que falavam sobre este tema com suas músicas. Então, sentimos essa necessidade.
Com a crise política e corrupção, o CPM 22 está dando sua "cutucada" também (risos).
5 - A repercussão do disco tem sido ótima. É muito comum a gente ver alguns fãs dizendo o "Rock nacional está vivo". Isso acontece porque o rock nacional perdeu um espaço considerável na grande mídia com os anos. Na opinião de vocês, como está o rock nacional hoje em dia?
Olha, está em estado crítico. Algumas bandas ainda são importantes e tem grande público, como Titãs, Paralamas do Sucesso, Raimundos, Pitty, Detonautas e entre as mais novas algumas se destacam como o Scalene.
Porém, estamos com uma carência de novas bandas de rock. A mudança em como a música é comercializada mudou um pouco isso também, globalmente.
6 - E qual seu recado para essas novas bandas para mudar esse cenário do rock nacional?
Trabalhar bastante em suas próprias músicas. Menos cover e mais músicas próprias. Caprichar na composição e sempre tentar escrever seu próprio material.
Pense em gravar um Cd mesmo, com bastante músicas, para ter 10, 11... 14 músicas! Assim você tem material para seu próprio show.
E também trabalhar na divulgação com a mesma atenção: divulgar suas músicas nas plataformas digitais e estar presente nas redes sociais para interagir com fãs e pessoas que gostem do seu trabalho.
7 - Japinha, mande um recado para os fãs do CPM 22 no Vagalume!
Obrigado ao Vagalume também e todos os fãs que acessam nossas letras. Eu mesmo sempre utilizo o Vagalume, hoje pelo celular, antes acessava pelo meu laptop. É legal ter um site que abranja tantas coisas para os fãs e para as bandas poderem divulgar suas letras e músicas!
Veja letras, fotos e mais do CPM 22 no Vagalume!