Com a oferta de música e os gostos cada vez mais pulverizados, nem sempre é fácil achar discos que consigam unir o público (e também os críticos especializados) como era comum em décadas passadas. Mas, de uma forma ou de outra, os álbuns abaixo conseguiram. Vamos a eles:
Se no ano passado foi Beyoncé quem uniu público e crítica com "Lemonade", em 2017 quem uniu o mundo pop ao dos jornalistas especializados foi Lorde com seu segundo álbum extremamente maduro e inventivo - ainda mais para alguém de apenas 21 anos.
"Melodrama" estreou no topo da parada americana e está aparecendo nos primeiros lugares em praticamente todas as listas de melhores discos de 2017 - na Consequence of Sound e no NME no topo dos rankings. Difícil não prever um futuro cada vez mais iluminado para ela.
O terceiro álbum do inglês pode não ter feito muito sucesso com os críticos, mas com o público ele se mostrou um sucesso enorme e constante. No Reino Unido, desde o seu lançamento, em maio, foram 17 semanas no primeiro lugar e nas outras ele nunca deixou o top 10.
Nos Estados Unidos foram duas semanas no topo e também uma presença constante no top 10 mesmo sete meses depois de lançado. Essa é a prova maior de que as pessoas seguem comprando e ouvindo o álbum de uma maneira que é cada vez mais rara atualmente.
O rapper confirma sua vocação de porta-voz da juventude negra americana, com esse disco que se mostrou tão elogiado e bem sucedido quanto o marcante "To Pimp A Butterfly" (2015). "DAMN." apesar de não ser um disco com sonoridade comercial, estreou no topo da parada americana e por lá permaneceu por três semanas. Ele voltou ao número 1 em agosto e manteve presença constante no top 10.
O trabalho também está aparecendo em todas as listas de melhores de 2017 da imprensa, tendo sido escolhido o álbum do ano pela edição americana da Rolling Stone.
No Brasil o ano também foi bom para o rap e o hip-hop como "Galanga Livre" de Rincón Sapiência, "Eletrocardiograma" de Flora Matos, a explosão dos Haikaiss e dos MCs e produtores ligados ao selo 1Kilo e mesmo a incursão de Criolo pelo samba de raiz com "Espiral de Ilusão" comprovam.
Entre esses, o novo trabalho de Projota se destacou pela produção esmerada, as letras certeiras e pela capacidade do rapper de conseguir aliar tudo isso com um raro senso melódico que faz com que ele seja querido pelos mais diversos tipos de público.
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