Quando lançaram seu disco de estreia em 2014, o Royal Blood surpreendeu ao surgir com um som pesado, potente mas também acessível. Mais incrível ainda era ver que aquela música encorpada era feita por apenas duas pessoas: o baixista e vocalista Mike Kerr e o Ben Thatcher.
Desde então os ingleses da região de Brighton lançaram dois discos que encabeçaram a parada do Reino Unido e também foram bem recebidos nos EUA, tocaram em 2015 em uma das noites de rock pesado do Rock in Rio e agora estão de volta. Ontem (21) eles abriram para o Pearl Jam no Rio de Janeiro. Hoje os dois estarão no Cine Joia em São Paulo para um show mais intimista às 21h30 e amanhã (23) eles encerram esse mini giro pelo país se apresentando no Palco Onix do Lollapalooza às 15h25. Antes deles embarcarem para o Brasil, nós conversamos com Ben. Confira a entrevista:
Nesta viagem vocês estão tocando três shows muito diferentes um do outro. Há um show solo para menos de mil pessoas em São Paulo, o show do Lollapalooza e a abertura para o Pearl Jam no Maracanã. Vocês já tocaram em ambientes tão díspares em tão pouco tempo?
Eu acho que esta deve ser a primeira vez em tão pouco tempo - então vai ser divertido! É isso bom para manter as coisas frescas. Nós amamos todos os diferentes tipos de shows.
Vocês mudam a abordagem no palco para cada situação específica?
Sim, vamos ter que adaptar o set, com o Pearl Jam será um show de abertura, então teremos um set mais curto, assim como em festivais (onde há limitação de tempo).
Já no show em que somos headliners nós podemos nos divertir um pouco mais (com o repertório).
A banda tocou no Rock in Rio há três anos. Boas lembranças daquele show e da visita?
Muito boas lembranças, foi uma loucura! Tocar na mesma noite que o Metallica e o Mötley Crüe foi uma experiência incrível. O Brasil foi maravilhoso. Me lembro de um grande jantar em um restaurante que parecia uma cabana de árvore! (risos)
Quando tocam em festivais, você e o Mike tentam ver alguns dos outros artistas?
Nós tentamos sim, às vezes temos que viajar direto depois do nosso set, mas felizmente vamos conseguir pegar um pouco dessa vez. Definitivamente, estou ansioso para ver o Red Hot Chili Peppers.
Uma pergunta sobre "How Did We Get So Dark" e o seu título. Vocês já sabem "Como ficaram tão sombrios", ou ainda estão procurando uma resposta? (risos)
Essa é a pergunta sem resposta. Foi apenas um disco um pouco mais sombrio que estávamos fazendo e ficamos nos perguntando essa questão e meio que presos nela. Eu acho que sempre teremos um lado menos ensolarado…
O som do Royal Blood se diferencia do feito por outras duplas por ser mais "cheio", digamos assim. Quem escuta pela primeira vez não diz que são apenas duas pessoas tocando. Você concorda?
Sim, suponho que sim, sempre gostamos de um som grandioso e sempre nos perguntam se há mais do que apenas nós dois. Mas não existe. Nós tentamos algumas novidades, adicionamos algumas camadas adicionais e ficamos muito felizes com o resultado. Queremos continuar progredindo.
Você acha que pode chegar um momento em que precisarão de outros músicos seja no palco ou no estúdio, ou ainda há muitas possibilidades abertas para a configuração de bateria e baixo?
Talvez, seja algo que ache que vai acontecer, mas nós não estamos pensando muito nisso, mas vamos ver, vai depender da música que estivermos fazendo.
Por aqui no Brasil é cada vez mais difícil para uma banda de rock alcançar qualquer tipo de sucesso. Na Inglaterra, a sensação é a de que as coisas são um pouco melhores, com os dois álbuns de vocês indo para o número 1, e também o sucesso de uma banda como Wolf Alice. É assim mesmo? E na América, que tipo de público vocês têm por lá?
Hmm, definitivamente ainda é um ambiente difícil. O rock é um gênero que agora não tem tanta exposição, então você tem que sair e dar duro, fazendo ótimos shows e álbuns. Há algumas bandas incríveis que merecem mais exposição. A América tem sido boa para nós e parece que as coisas estão crescendo por lá..
Você acha que é assim que as coisas vão ser? Com algumas bandas de rock conseguindo algum sucesso mainstream, mas os outros gêneros ( notadamente o pop radiofônico e o hip hop) realmente sendo os dominantes?
Espero que não, espero que o rock tenha o seu dia novamente.
Veja o clipe de "How Did We Get So Dark?"
Desde então os ingleses da região de Brighton lançaram dois discos que encabeçaram a parada do Reino Unido e também foram bem recebidos nos EUA, tocaram em 2015 em uma das noites de rock pesado do Rock in Rio e agora estão de volta. Ontem (21) eles abriram para o Pearl Jam no Rio de Janeiro. Hoje os dois estarão no Cine Joia em São Paulo para um show mais intimista às 21h30 e amanhã (23) eles encerram esse mini giro pelo país se apresentando no Palco Onix do Lollapalooza às 15h25. Antes deles embarcarem para o Brasil, nós conversamos com Ben. Confira a entrevista:
Nesta viagem vocês estão tocando três shows muito diferentes um do outro. Há um show solo para menos de mil pessoas em São Paulo, o show do Lollapalooza e a abertura para o Pearl Jam no Maracanã. Vocês já tocaram em ambientes tão díspares em tão pouco tempo?
Eu acho que esta deve ser a primeira vez em tão pouco tempo - então vai ser divertido! É isso bom para manter as coisas frescas. Nós amamos todos os diferentes tipos de shows.
Vocês mudam a abordagem no palco para cada situação específica?
Sim, vamos ter que adaptar o set, com o Pearl Jam será um show de abertura, então teremos um set mais curto, assim como em festivais (onde há limitação de tempo).
Já no show em que somos headliners nós podemos nos divertir um pouco mais (com o repertório).
A banda tocou no Rock in Rio há três anos. Boas lembranças daquele show e da visita?
Muito boas lembranças, foi uma loucura! Tocar na mesma noite que o Metallica e o Mötley Crüe foi uma experiência incrível. O Brasil foi maravilhoso. Me lembro de um grande jantar em um restaurante que parecia uma cabana de árvore! (risos)
Quando tocam em festivais, você e o Mike tentam ver alguns dos outros artistas?
Nós tentamos sim, às vezes temos que viajar direto depois do nosso set, mas felizmente vamos conseguir pegar um pouco dessa vez. Definitivamente, estou ansioso para ver o Red Hot Chili Peppers.
Uma pergunta sobre "How Did We Get So Dark" e o seu título. Vocês já sabem "Como ficaram tão sombrios", ou ainda estão procurando uma resposta? (risos)
Essa é a pergunta sem resposta. Foi apenas um disco um pouco mais sombrio que estávamos fazendo e ficamos nos perguntando essa questão e meio que presos nela. Eu acho que sempre teremos um lado menos ensolarado…
O som do Royal Blood se diferencia do feito por outras duplas por ser mais "cheio", digamos assim. Quem escuta pela primeira vez não diz que são apenas duas pessoas tocando. Você concorda?
Sim, suponho que sim, sempre gostamos de um som grandioso e sempre nos perguntam se há mais do que apenas nós dois. Mas não existe. Nós tentamos algumas novidades, adicionamos algumas camadas adicionais e ficamos muito felizes com o resultado. Queremos continuar progredindo.
Você acha que pode chegar um momento em que precisarão de outros músicos seja no palco ou no estúdio, ou ainda há muitas possibilidades abertas para a configuração de bateria e baixo?
Talvez, seja algo que ache que vai acontecer, mas nós não estamos pensando muito nisso, mas vamos ver, vai depender da música que estivermos fazendo.
Por aqui no Brasil é cada vez mais difícil para uma banda de rock alcançar qualquer tipo de sucesso. Na Inglaterra, a sensação é a de que as coisas são um pouco melhores, com os dois álbuns de vocês indo para o número 1, e também o sucesso de uma banda como Wolf Alice. É assim mesmo? E na América, que tipo de público vocês têm por lá?
Hmm, definitivamente ainda é um ambiente difícil. O rock é um gênero que agora não tem tanta exposição, então você tem que sair e dar duro, fazendo ótimos shows e álbuns. Há algumas bandas incríveis que merecem mais exposição. A América tem sido boa para nós e parece que as coisas estão crescendo por lá..
Você acha que é assim que as coisas vão ser? Com algumas bandas de rock conseguindo algum sucesso mainstream, mas os outros gêneros ( notadamente o pop radiofônico e o hip hop) realmente sendo os dominantes?
Espero que não, espero que o rock tenha o seu dia novamente.
Veja o clipe de "How Did We Get So Dark?"