O sétimo álbum de estúdio de Lana Del Rey já pode ser ouvido pelos fãs da cantora. "Chemtrails Over the Country Club" saiu nesta madrugada e já recebeu muitos elogios da crítica especializada, incluindo uma resenha de cinco estrelas no NME. De maneira geral, os jornalistas viram no trabalho uma sequência digna de "Norman Fucking Rockwell!", o disco de 2019 que a colocou em um novo patamar de prestígio.
E de fato, quem gostou daquele trabalho, terá muito o que apreciar nestas 11 canções, a maioria escrita em parceria com o produtor Jack Antonoff - há também uma cover de "For Free" de Joni Mitchell, com as presenças de Zella Day e Weyes Blood.
A aposta sonora aqui é novamente na delicadeza. As faixas têm acompanhamento esparso, com piano, pedal steel e guitarras com timbres limpos surgindo em primeiro plano em canções que, em quase sua totalidade, abrem mão da percussão - a bateria, quando surge, quase sempre apenas marca o tempo, fazendo com que o foco central esteja nas melodias, letras e voz de Lana que soa melhor a cada álbum.
Em um disco bastante homogêneo, é difícil selecionar um ou outro momento de destaque, o melhor é ouvi-lo do começo ao fim e, aos poucos encontrar as suas favoritas nesse suíte melancólica. Dito isso, podemos dizer que "Dark But Just a Game", "" e "Breaking Up Slowly" estão entre as faixas que se sobressaem nas primeiras audições.
Em resumo, Del Rey entregou um disco de grande beleza e, caso raro, com potencial para agradar não só os críticos musicais, mas também o grande público.
