"Da Lama Ao Caos", o álbum de estreia de Chico Science e Nação Zumbi, lançado em 1994, foi eleito o melhor disco já feito no Brasil nos últimos 40 anos em uma enquete feita pelo jornal O Globo com 25 especialistas de todo o país.
A inspiração veio de uma outra eleição, esta mais abrangente, criada pelo jornalista Ricardo Alexandre, do podcast "Discoteca Básica", que também consultou vários especialistas, no caso dele mais de 150, para se chegar aos 500 álbuns brasileiros de todos os tempos.
O resultado completo deste levantamento será revelado em um livro que está marcado para sair ainda em 2022, mas o top 10, com "Clube da Esquina", de Milton Nascimento e Lô Borges no topo do ranking, já foi divulgado.
Como essa lista teve majoritariamente discos gravados na década de 70, surgiu a ideia de fazer uma focando na produção pós 1982, ano marcado pela explosão da Blitz que abriu as portas do mainstream para o novo pop e rock que estava sendo feito no país.
Curiosamente, "Sobrevivendo No Inferno", dos Racionais MC's, que foi o trabalho mais recente no top 10 do Discoteca Básica, apareceu aqui na quarta posição, atrás também de "Cabeça Dinossauro", dos Titãs(1996) e de "A Mulher do Fim do Mundo", que Elza Soares lançou em 2015 - ambos empataram no segundo lugar.
Elza é, ao lado de Caetano Veloso e Paulinho da Viola, uma das três presenças no "top 12" de artistas que já tinham uma história na nossa música antes de em 1982. No restante, temos discos feitos pela "geração do rock dos anos 80", nos casos de Titãs, Legião Urbana e Paralamas do Sucesso (todos com seus lançamentos de 1986), nossas duas cantoras mais influentes das últimas três décadas: Marisa Monte e Cássia Eller, e três representantes do nosso rap: os já citados Racionais, mais Marcelo D2 e Emicida, cujo "AmarELO" é o álbum mais recente do ranking.
"Da Lama Ao Caos", que recebeu 13 votos, foi o primeiro de apenas dois discos lançados por Chico Science, morto em fevereiro de 1997 em um acidente automobilístico. O trabalho apresentou o país ao mangue beat, com sua mistura de maracatu e outros ritmos do Recife, com o rap e o rock pesado. O trabalho foi fundamental na reconciliação do pop/rock nacional com a música brasileira, algo que se tornou um padrão durante a década de 90.
Veja quais foram os 12 discos mais bem colocados na enquete
"Da Lama Ao Caos" - Chico Science & Nação Zumbi (1994)
"A Mulher do Fim do Mundo" - Elza Soares (2015)
"Cabeça Dinossauro" - Titãs (1986)
"Sobrevivendo No Inferno" - Racionais MC's (1997)
"Selvagem?" - Paralamas Do Sucesso (1986)
"Dois" - Legião Urbana (1986)
"Bebadosamba" - Paulinho da Viola (1996)
"AmarElo" - Emicida (2019)
"Acústico MTV" - Cássia Eller (2001)
"Circuladô" - Caetano Veloso (1991)
"MM (Ao vivo)" - Marisa Monte (1989)
"À Procura da Batida Perfeita" - Marcelo D2 (2003)
A inspiração veio de uma outra eleição, esta mais abrangente, criada pelo jornalista Ricardo Alexandre, do podcast "Discoteca Básica", que também consultou vários especialistas, no caso dele mais de 150, para se chegar aos 500 álbuns brasileiros de todos os tempos.
O resultado completo deste levantamento será revelado em um livro que está marcado para sair ainda em 2022, mas o top 10, com "Clube da Esquina", de Milton Nascimento e Lô Borges no topo do ranking, já foi divulgado.
Como essa lista teve majoritariamente discos gravados na década de 70, surgiu a ideia de fazer uma focando na produção pós 1982, ano marcado pela explosão da Blitz que abriu as portas do mainstream para o novo pop e rock que estava sendo feito no país.
Curiosamente, "Sobrevivendo No Inferno", dos Racionais MC's, que foi o trabalho mais recente no top 10 do Discoteca Básica, apareceu aqui na quarta posição, atrás também de "Cabeça Dinossauro", dos Titãs(1996) e de "A Mulher do Fim do Mundo", que Elza Soares lançou em 2015 - ambos empataram no segundo lugar.
Elza é, ao lado de Caetano Veloso e Paulinho da Viola, uma das três presenças no "top 12" de artistas que já tinham uma história na nossa música antes de em 1982. No restante, temos discos feitos pela "geração do rock dos anos 80", nos casos de Titãs, Legião Urbana e Paralamas do Sucesso (todos com seus lançamentos de 1986), nossas duas cantoras mais influentes das últimas três décadas: Marisa Monte e Cássia Eller, e três representantes do nosso rap: os já citados Racionais, mais Marcelo D2 e Emicida, cujo "AmarELO" é o álbum mais recente do ranking.
"Da Lama Ao Caos", que recebeu 13 votos, foi o primeiro de apenas dois discos lançados por Chico Science, morto em fevereiro de 1997 em um acidente automobilístico. O trabalho apresentou o país ao mangue beat, com sua mistura de maracatu e outros ritmos do Recife, com o rap e o rock pesado. O trabalho foi fundamental na reconciliação do pop/rock nacional com a música brasileira, algo que se tornou um padrão durante a década de 90.
Veja quais foram os 12 discos mais bem colocados na enquete
"Da Lama Ao Caos" - Chico Science & Nação Zumbi (1994)
"A Mulher do Fim do Mundo" - Elza Soares (2015)
"Cabeça Dinossauro" - Titãs (1986)
"Sobrevivendo No Inferno" - Racionais MC's (1997)
"Selvagem?" - Paralamas Do Sucesso (1986)
"Dois" - Legião Urbana (1986)
"Bebadosamba" - Paulinho da Viola (1996)
"AmarElo" - Emicida (2019)
"Acústico MTV" - Cássia Eller (2001)
"Circuladô" - Caetano Veloso (1991)
"MM (Ao vivo)" - Marisa Monte (1989)
"À Procura da Batida Perfeita" - Marcelo D2 (2003)