Depois de dois anos praticamente sem apresentações ao vivo, foi ótimo poder entrar novamente em uma casa de espetáculos, estádio ou um descampado para curtir um show ou, mesmo, vários. A temporada teve muitos festivais: Rock in Rio, Lollapalooza, Popload, Knotfest, Primavera Sound... e concertos internacionais dos mais diversos tamanhos.
No Brasil, o ano foi também dos veteranos, com Caetano Veloso, Gilberto Gil e Marisa Monte lotando seus shows aqui e no exterior. Acima desses, um nome foi mais reverenciado: Milton Nascimento se despediu dos palcos com uma turnê que encantou, e emocionou, quem teve a chance de vê-la. Dito isso, aqui estão quatro shows que quem teve a chance de ver não se esquecerá.
Debaixo de uma chuva torrencial, Chris Martin e cia. entregaram tudo e um pouco mais, em um show que quem viu, seja na Cidade do Rock ou pela televisão, não vai se esquecer. Agora é esperar a temporada de shows que o quarteto fará no Rio de Janeiro e em São Paulo que precisou ser adiada. Não se surpreendam se a banda estiver de novo aqui nesse espaço em dezembro de 2023.
Em sua terceira passagem pelo Brasil, a neozelandesa mostrou que já tem um catálogo memorável de canções e que as músicas de "Solar Power", o terceiro, e não muito bem recebido, álbum, crescem bastante no palco. O show dela foi um de vários destaques da edição inaugural do Primavera Sound brasileiro, que também teve sets acima da média de Arctic Monkeys, Mitski, Björk, Father John Misty, Charli XCX e Phoebe Bridgers, entre outros.
Ver um astro do primeiríssimo time do pop em seu auge (ou em um de seus auges, melhor dizendo) é sempre um privilégio. Os shows de Harry Styles no Brasil mostraram o por quê de ele ser um dos maiores popstars do século 21: um cantor com bom repertório, presença de palco irrepreensível, daqueles que transformam um estádio em uma pequena casa de espetáculos e com uma banda carismática para lhe dar o devido suporte. Harry fez um show que deixou tanto os jovens que estavam vendo seu primeiro grande espetáculo quanto quem já tem certa "quilometragem" em grandes concertos com um sorriso no rosto.
Miley subiu ao palco do Lollapalooza em um dia de sentimentos em conflito. Se havia a felicidade de finalmente estarmos novamente em um grande evento, depois de dois anos de pandemia, era impossível não pensar que a triste morte de Taylor Hawkins na noite anterior iria privar essa edição de seu gran-finale no domingo.
Miley, claro, homenageou o baterista, mas, acima de tudo, fez um show de pegada roqueira, capaz de agradar não só os seus fãs de carteirinha. A americana ainda fez um agrado especial ao Brasil ao chamar Anitta ao palco para cantar a, então, recém-lançada "Boys Don't Cry".
