Logo mais começam os desfiles do Grupo Especial das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. Como já é tradição, seis agremiações entrarão na Sapucaí neste domingo, e outras seis amanhã, dia 12. Veja o que cada uma delas irá mostrar no Sambódromo no Carnaval 2024, pela ordem de entrada.
Voltando ao grupo especial, a Porto da Pedra vai abrir a série de desfiles de 2024 neste domingo (11) um enredo bastante curioso. O Lunário Perpétuo foi um almanaque publicado na Espanha em 1594 que trazia em suas páginas informações sobre inúmeros aspectos da vida. Ele chegou ao Brasil 200 anos mais tarde.
Uma das mais queridas agremiações do Rio e do país, a Beija-Flor ficou em um razoável quarto lugar em 2023, ainda que ela sempre entre na Sapucaí para conquistar o campeonato. Neste domingo, a Escola homenageia a cidade de Maceió através de Rás Gonguila, um filho de escravos que acreditava ter descendência nobre.
Vice-campeã em 2023, a Grande Rio buscou inspiração para o seu enredo no livro escrito por Alberto Mussa em 2009 onde a simbologia da onça, e sua figura, em nosso imaginário cultural é dissecada.
Após um nada confortável nono lugar em 2023, a ###artista#Unidos da Tijuca### vai buscar uma melhora de posicionamento contando a história de Portugal a partir de suas lendas, música e todo o misticismo, que são tão importantes na história do país.
Grande campeã do ano passado, a Imperatriz Leopoldinense vai atrás de mais um título, seu décimo, levando para a Sapucaí um enredo baseado em texto escrito há mais de um século pelo poeta Leandro Gomes de Barros. Nele, o paraibano contou a história do tal testamento deixado pela cigana Esmeralda que inspira o desfile. A Escola encerra o primeiro dia na Sapucaí.
Após o susto do ano passado quando só não caiu por um milagre, a Mocidade busca dar a volta por cima contando a história de uma fruta bem brasileira: o caju. Curiosidade: o humorista Marcelo Adnet é um dos autores do samba-enredo da Escola.
Sinônimo de tradição, a centenária Portela é a maior campeã da história do carnaval do Rio de Janeiro são 22 títulos. Nesta segunda, a azul e branco vai mostrar um enredo baseado no livro "Um defeito de cor" (2006), de Ana Maria Gonçalves. A obra conta a história de Luísa Mahin, que chegou ao Brasil como escrava ainda menina e ajudou a tramar um levante em Salvador nas primeiras décadas do século 19, em movimento que ficou conhecido como a Revolta dos Malês.
A Vila Isabel apostou as suas fichas para o título de 2024 em um "remake". A Escola vai reeditar o seu desfile de 1993 que ficou em oitavo lugar naquele ano. Com o samba composto por Martinho da Vila, vencedor do Estandarte de Ouro de melhor, a escola quer, através do desfile, "pensar os males que os homens fazem contra o planeta Terra e a possibilidade de nos salvarmos pela candura das crianças".
Sempre entrando na avenida com grandes ambições, a Mangueira vai prestar uma grande homenagem a Alcione. Além de levar a vida da Marrom para o Sambódromo, a Escola também vai usar a cantora para falar do Maranhão, estado onde ela nasceu, e toda a sua cultura.
João Cândido, o "Almirante Negro" foi o escolhido para ter a sua história contada em forma de desfile pela Tuiuti. Nascido em 1880, ele foi o líder da "Revolta da Chibata" que buscou colocar um fim nos maus-tratos enfrentados por ele e seus colegas dentro da Marinha do Brasil.
Vice-campeã de 2023, a Viradouro vai encerrar a sequência de desfiles já na madrugada de terça-feira com um tema místico: o culto ao vodum serpente, originado na Costa Ocidental da África.
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