Há 40 anos, um dos maiores artefatos da cultura pop do século 20 chegava às lojas de disco dos EUA. "Like A Virgin", o segundo álbum de Madonna, foi o LP que a transformou em uma superestrela, abrindo o caminho para ela tornar-se um ícone de sua época e, por fim, na "Rainha do Pop".
"Like A Virgin" pode até não ser o melhor álbum de sua fase gloriosa, "Madonna" (1983), "True Blue" (1986) ou, especialmente, "Like A Prayer" (1989) são mais sérios candidatos a ocupar esse posto, dependendo do gosto do ouvinte, mas é o mais icônico e bem-sucedido. Nos EUA, apenas a coletânea "The Immaculate Collection" vendeu tanto assim.
40 anos depois, é interessante notar que o LP não é daqueles blockbusters, em que quase todas as canções foram singles de sucesso à la "Thriller", "Purple Rain" ou "Born In The USA". Com o tempo, pode-se dizer que isso beneficou o trabalho, que não ficou supersaturado. É possível ouvi-lo em 2024 e descobrir alguma canção menos óbvia, especialmente no Lado B.
Ainda que "Angel", "Over And Over" e, principalmente, "Dress You Up" tenham tocado bastante, não se nega que o disco é lembrado por dois dos maiores singles já criados no mundo do pop: "Like A Virgin", lançado um pouco antes do LP, e "Material Girl", além de seus vídeos, que espalharam, via MTV, nos EUA, e programas que exibiam clipes no resto do mundo, a imagem da cantora.
A faixa-título já tinha causado um grande impacto em setembro quando Madonna a exibiu em primeira mão na abertura da edição inaugural do VMAs da MTV. Com a cantora usando um vestido de noiva extremamente sexy e esbanjando sensualidade, este é um daqueles momentos históricos da união entre música pop e televisão.
"Like A Virgin" foi produzido por Nile Rodgers, do Chic, no único trabalho que os dois fizeram juntos. Isso ajuda a explicar o porquê de "Like A Virgin" soar de certa maneira único na longa carreira da cantora. O ícone da disco music foi escolhido após Madonna ter ficado impressionada com o trabalho dele em "Let's Dance", de David Bowie. Mesmo curta, é inegável o sucesso da parceria.
O LP saiu em uma época bem diferente da indústria. Se hoje os álbuns quase sempre iniciam sua trajetória com as vendas no auge, há 40 anos eles iam pouco a pouco conquistando o público. "Like A Virgin" começou sua história na Billboard em um modesto 70° lugar. Uma semana depois, ele já estava na décima posição e, em fevereiro, atingiu o número 1.
O sucesso ajudou a tornar Madonna um dos rostos de 1985, algo que se refletiu em seus projetos posteriores, mas que ainda podem ser vistos como parte desta era. A balada "Crazy For You", presente na trilha do filme "Vision Quest" ("Em Busca da Vitória"), chegou ao número 1 e virou um hit global.
"Into The Groove", feita para outro filme - "Procurando Susan Desesperadamente", que marcou a estreia da cantora "pra valer" no cinema, foi outro grande hit.
Música que a define como poucas, ela não saiu em single nos EUA (onde foi o lado B de "Angel"), mas é o seu compacto mais popular no Reino Unido, e acabou sendo incluída em algumas reedições do álbum - no Brasil existem vinis com e sem a faixa.
Em uma era em que não se podia demorar muito para lançar um novo disco, em junho de 1986, Madonna já estava com um novo trabalho na praça. "True Blue" mostrou que a cantora, agora, tinha muito mais controle em sua carreira, todas as músicas tinham ela entre os autores, e que seu sucesso não seria de forma alguma passageiro. A multidão que foi vê-la em maio passado em Copacabana que o diga.
Ouça o álbum:
Veja os clipes:
"Like A Virgin":
"Material Girl":
A performance no primeiro VMA da MTV:
"Like A Virgin" pode até não ser o melhor álbum de sua fase gloriosa, "Madonna" (1983), "True Blue" (1986) ou, especialmente, "Like A Prayer" (1989) são mais sérios candidatos a ocupar esse posto, dependendo do gosto do ouvinte, mas é o mais icônico e bem-sucedido. Nos EUA, apenas a coletânea "The Immaculate Collection" vendeu tanto assim.
40 anos depois, é interessante notar que o LP não é daqueles blockbusters, em que quase todas as canções foram singles de sucesso à la "Thriller", "Purple Rain" ou "Born In The USA". Com o tempo, pode-se dizer que isso beneficou o trabalho, que não ficou supersaturado. É possível ouvi-lo em 2024 e descobrir alguma canção menos óbvia, especialmente no Lado B.
Ainda que "Angel", "Over And Over" e, principalmente, "Dress You Up" tenham tocado bastante, não se nega que o disco é lembrado por dois dos maiores singles já criados no mundo do pop: "Like A Virgin", lançado um pouco antes do LP, e "Material Girl", além de seus vídeos, que espalharam, via MTV, nos EUA, e programas que exibiam clipes no resto do mundo, a imagem da cantora.
A faixa-título já tinha causado um grande impacto em setembro quando Madonna a exibiu em primeira mão na abertura da edição inaugural do VMAs da MTV. Com a cantora usando um vestido de noiva extremamente sexy e esbanjando sensualidade, este é um daqueles momentos históricos da união entre música pop e televisão.
"Like A Virgin" foi produzido por Nile Rodgers, do Chic, no único trabalho que os dois fizeram juntos. Isso ajuda a explicar o porquê de "Like A Virgin" soar de certa maneira único na longa carreira da cantora. O ícone da disco music foi escolhido após Madonna ter ficado impressionada com o trabalho dele em "Let's Dance", de David Bowie. Mesmo curta, é inegável o sucesso da parceria.
O LP saiu em uma época bem diferente da indústria. Se hoje os álbuns quase sempre iniciam sua trajetória com as vendas no auge, há 40 anos eles iam pouco a pouco conquistando o público. "Like A Virgin" começou sua história na Billboard em um modesto 70° lugar. Uma semana depois, ele já estava na décima posição e, em fevereiro, atingiu o número 1.
O sucesso ajudou a tornar Madonna um dos rostos de 1985, algo que se refletiu em seus projetos posteriores, mas que ainda podem ser vistos como parte desta era. A balada "Crazy For You", presente na trilha do filme "Vision Quest" ("Em Busca da Vitória"), chegou ao número 1 e virou um hit global.
"Into The Groove", feita para outro filme - "Procurando Susan Desesperadamente", que marcou a estreia da cantora "pra valer" no cinema, foi outro grande hit.
Música que a define como poucas, ela não saiu em single nos EUA (onde foi o lado B de "Angel"), mas é o seu compacto mais popular no Reino Unido, e acabou sendo incluída em algumas reedições do álbum - no Brasil existem vinis com e sem a faixa.
Em uma era em que não se podia demorar muito para lançar um novo disco, em junho de 1986, Madonna já estava com um novo trabalho na praça. "True Blue" mostrou que a cantora, agora, tinha muito mais controle em sua carreira, todas as músicas tinham ela entre os autores, e que seu sucesso não seria de forma alguma passageiro. A multidão que foi vê-la em maio passado em Copacabana que o diga.
Ouça o álbum:
Veja os clipes:
"Like A Virgin":
"Material Girl":
A performance no primeiro VMA da MTV: