O Bring Me The Horizon mostrou que os gigantes do rock/metal podem sim ter sucessores. Além de um show sold out na Audio na última quinta-feira (28), a banda de Oli Sykes, um britânico praticamente brasileiro (com direito a CPF), fez sua primeira performance como atração principal em uma arena neste sábado (30), em São Paulo, esgotando os mais de 50 mil ingressos do Allianz Parque, tornando este o maior show de sua carreira.
The Plot in You
Com três atos de abertura, o "mini-festival" teve início às 16h30 com a banda de metal de Ohio, nos EUA, The Plot In You, projeto paralelo do vocalista Landon Tewers (Before Their Eyes). Fazendo seu primeiro show no Brasil, os americanos mantiveram um setlist pesado, de 13 músicas, com destaque para "Feel Nothing", "All That I Can Give" e "Left Behind".
Apesar de reclamações sobre o som baixo, algo que foi corrigido nas outras atrações, The Plot In You mostrou que abriu seu espaço entre o público brasileiro, não só aquecendo a plateia, como convocando a galera para os famosos crowd surfing, movimento de pessoas que são carregadas em cima das outras até a grade próxima ao palco. (Confira o setlist completo no fim da matéria).
Spiritbox
Às 17h50, foi a vez da canadense Spiritbox mostrar que já tem nome para fazer seu próprio show no país. Apesar de também estarem estreando em solos brasileiros, a banda - muito bem liderada pela vocaista Courtney LaPlante, que esbanja presença de palco - já estava com o público nas mãos logo na primeira música, que veio como uma pancada com "Cellar Door".
"Nós somos a Spiritbox e estamos muito felizes de estar aqui com vocês, celebrando esse show esgotado do Bring Me The Horizon", disse humildemente LaPlante, parecendo ainda em choque com a recepção do público, que não parava de ovacioná-la e que se mostrou muito fiel durante o show inteiro. Alô, produtoras, o quarteto merece uma apresentação solo por aqui!
Com uma hora de performance, a banda tocou 13 músicas, com destaque para "Angel Eyes" e "Circle With Me".
(Confira o setlist completo no fim da matéria).
Motionless in White
Depois de ser forçado a cancelar seu show na primeira edição do Knotfest Brasil em 2022, por problemas de saúde (Covid-19), o Motionless in White retornou ao país após quase 10 anos para um show digno de headliner. Abrindo o setlist com "Meltdown", Chris Motionless mostrou carisma, agradeceu o apoio dos fãs brasileiros que não abandonaram a banda, justamente por passar anos sem dar as caras por aqui, e liderou a plateia em um pula-pula frenético durante "Sign Of Life", certamente um dos melhores momentos da apresentação.
O peso continuou com "Thoughts & Prayers", quebrando para a balada "Masterpiece", e retomando na raivosa "Slaughterhouse (Feat. Bryan Garris)", que assim como outras da primeira parte do setlist, faz parte do último álbum "Scoring the End of the World", de 2022, e que soa ainda mais pesada ao vivo.
"Werewolf", "Abigail", "Reincarnate" e "Another life" deram sequência à performance que, em seguida, fez a plateia dançar com a cover de "Somebody Told Me", do The Killers, finalizando com as intensas "Voices" e "Eternally Yours".
Chegou a hora do momento mais aguardado da noite. O Bring Me The Horizon provou que as mudanças musicais, feitas ao longo dos anos em sua carreira, foram bastante inteligentes para abraçar um público ainda maior - e mais jovem - do que já havia conquistado no início, mesmo enfrentando algumas negativas de fãs da época em que o som era mais voltado para o deathcore.
Com um show conceitual, a banda do frontman Oli Sykes (casado com a brasileira Alissa Salls e já bastante familiarizado com o nosso país) fez a plateia embarcar em um universo inspirado em games, como o "Final Fantasy", transitando por um mundo futurista, pós-humano (tema dos álbuns mais recentes), abrangendo desde ficção a cultura asiática, com uma mega produção, jogo de luzes e efeitos pirotécnicos que embalaram o concerto inteiro e definiram o clima de um grupo que estava focado em entregar um espetáculo aos fãs.
O show começou pontualmente às 21h, com "Darkside", faixa do novo disco "POST HUMAN: NeX GEn", lançado em maio deste ano e que já caiu na boca dos fãs, emendando nas também agitadas "Mantra", "Happy Song" e "Teardrops", sequência que não deu chance para que a plateia descansasse os pulmões.
"AmEN!" e "Kool-Aid", também do novo álbum, fecharam a primeira parte do show junto com o hit "Shadow Moses", do álbum "Sempiternal", de 2013.
Cheio de carisma e performance, Oli conversou bastante com a plateia, falando inclusive em português e se declarando, em diversos momentos do show, aos brasileiros. "Quando me apaixonei por uma brasileira, não imaginei que me apaixonaria pelo país inteiro. Vocês são muito especiais para mim", disse o músico.
O setlist seguiu com "n/A", que apesar de um intrumental mais pop, contrasta com sua letra sombria e profunda sobre uma batalha relacionada a vícios e saúde mental. "Sleepwalking", também cantada em coro, "Kingslayer", parceria com o grupo feminino japonês Babymetal, e "Parasite Eve".
Provando que não só morou no interior de São Paulo durante a pandemia, como também está a par da cultura do país, Oli Sykes convidou ao palco o funkeiro MC Lan e Di Ferrero, para uma colaboração na política e sarcástica "Antivist", música que já havia contado com a participação de Pabllo Vittar na passagem da banda por aqui em 2022.
"Follow You" e "LosT" abriram espaço para a bela e dramática "Can You Feel My Heart?", que ajudou a moldar esta fase mais emotiva do Bring Me The Horizon, servindo como uma espinha dorsal do álbum "Sempiternal".
O bis ficou com as faixas "Doomed", "Drown", com o frontman descendo do palco para se aproximar da plateia, abraçando diversos fãs que estavam grudados na grade, fechando o show, que a própria banda considerou o maior da carreira, com "Throne", do álbum "That's The Spirit", de 2025. "Gratidão... "Grati 'fucking' dão", disse Oli Sykes ao agradecer o público pela noite no Allianz Parque.
Se alguém dizia que o legado de bandas gigantes dos anos 70/80/90 não deixariam substitutos para lotar estádios e arenas, o show do Bring Me The Horizon na capital paulista certamente prova o contrário, principalmente ao buscar se comunicar com um público que, em sua maioria, está abaixo dos 30 anos, ainda que carregue seus 20 anos de carreira nas costas.
Confira o setlist completo dos shows abaixo:
THE PLOT IN YOU
"Don't Look Away"
"Divide"
"Pretend"
"Paradigm"
"The One You Loved"
"Face Me"
"Been Here Before"
"Forgotten"
"Spare Me"
"All That I Can Give"
"Left Behind"
"Disposable Fix"
"Feel Nothing"
SPIRITBOX
"Cellar Door"
"Jaded"
"Angel Eyes"
"Soft Spine"
"The Void"
"Perfect Soul" (tocada pela 1ª vez ao vivo)
"Hurt You"
"Yellowjacket (Feat. Sam Carter)"
"Blessed Be"
"Rotoscope"
"Circle With Me"
"Holy Roller"
"Hysteria"
MOTIONLESS IN WHITE
"Meltdown"
"Sign Of Life"
"Thoughts & Prayers"
"Masterpiece"
"Slaughterhouse (Feat. Bryan Garris)"
"Werewolf"
"Abigail"
"Reincarnate"
"Another life"
"Somebody Told Me (The Killers cover)
"Voices"
"Eternally Yours"
BRING ME THE HORIZON
"Darkside"
"Mantra"
"Happy Song"
"Teardrops"
"AmEN!"
"Kool-Aid"
"Shadow Moses"
"n/A"
"Sleepwalking"
"Kingslayer"
"Parasite Eve"
"Antivist" (com participação de MC Lan e Di Ferrero)
"Follow You"
"LosT"
"Can You Feel My Heart?"
Bis:
"Doomed"
"Drown"
"Throne"
The Plot in You
Com três atos de abertura, o "mini-festival" teve início às 16h30 com a banda de metal de Ohio, nos EUA, The Plot In You, projeto paralelo do vocalista Landon Tewers (Before Their Eyes). Fazendo seu primeiro show no Brasil, os americanos mantiveram um setlist pesado, de 13 músicas, com destaque para "Feel Nothing", "All That I Can Give" e "Left Behind".
Apesar de reclamações sobre o som baixo, algo que foi corrigido nas outras atrações, The Plot In You mostrou que abriu seu espaço entre o público brasileiro, não só aquecendo a plateia, como convocando a galera para os famosos crowd surfing, movimento de pessoas que são carregadas em cima das outras até a grade próxima ao palco. (Confira o setlist completo no fim da matéria).
Spiritbox
Às 17h50, foi a vez da canadense Spiritbox mostrar que já tem nome para fazer seu próprio show no país. Apesar de também estarem estreando em solos brasileiros, a banda - muito bem liderada pela vocaista Courtney LaPlante, que esbanja presença de palco - já estava com o público nas mãos logo na primeira música, que veio como uma pancada com "Cellar Door".
"Nós somos a Spiritbox e estamos muito felizes de estar aqui com vocês, celebrando esse show esgotado do Bring Me The Horizon", disse humildemente LaPlante, parecendo ainda em choque com a recepção do público, que não parava de ovacioná-la e que se mostrou muito fiel durante o show inteiro. Alô, produtoras, o quarteto merece uma apresentação solo por aqui!
Com uma hora de performance, a banda tocou 13 músicas, com destaque para "Angel Eyes" e "Circle With Me".
(Confira o setlist completo no fim da matéria).
Motionless in White
Depois de ser forçado a cancelar seu show na primeira edição do Knotfest Brasil em 2022, por problemas de saúde (Covid-19), o Motionless in White retornou ao país após quase 10 anos para um show digno de headliner. Abrindo o setlist com "Meltdown", Chris Motionless mostrou carisma, agradeceu o apoio dos fãs brasileiros que não abandonaram a banda, justamente por passar anos sem dar as caras por aqui, e liderou a plateia em um pula-pula frenético durante "Sign Of Life", certamente um dos melhores momentos da apresentação.
O peso continuou com "Thoughts & Prayers", quebrando para a balada "Masterpiece", e retomando na raivosa "Slaughterhouse (Feat. Bryan Garris)", que assim como outras da primeira parte do setlist, faz parte do último álbum "Scoring the End of the World", de 2022, e que soa ainda mais pesada ao vivo.
"Werewolf", "Abigail", "Reincarnate" e "Another life" deram sequência à performance que, em seguida, fez a plateia dançar com a cover de "Somebody Told Me", do The Killers, finalizando com as intensas "Voices" e "Eternally Yours".
Chegou a hora do momento mais aguardado da noite. O Bring Me The Horizon provou que as mudanças musicais, feitas ao longo dos anos em sua carreira, foram bastante inteligentes para abraçar um público ainda maior - e mais jovem - do que já havia conquistado no início, mesmo enfrentando algumas negativas de fãs da época em que o som era mais voltado para o deathcore.
Com um show conceitual, a banda do frontman Oli Sykes (casado com a brasileira Alissa Salls e já bastante familiarizado com o nosso país) fez a plateia embarcar em um universo inspirado em games, como o "Final Fantasy", transitando por um mundo futurista, pós-humano (tema dos álbuns mais recentes), abrangendo desde ficção a cultura asiática, com uma mega produção, jogo de luzes e efeitos pirotécnicos que embalaram o concerto inteiro e definiram o clima de um grupo que estava focado em entregar um espetáculo aos fãs.
O show começou pontualmente às 21h, com "Darkside", faixa do novo disco "POST HUMAN: NeX GEn", lançado em maio deste ano e que já caiu na boca dos fãs, emendando nas também agitadas "Mantra", "Happy Song" e "Teardrops", sequência que não deu chance para que a plateia descansasse os pulmões.
"AmEN!" e "Kool-Aid", também do novo álbum, fecharam a primeira parte do show junto com o hit "Shadow Moses", do álbum "Sempiternal", de 2013.
Cheio de carisma e performance, Oli conversou bastante com a plateia, falando inclusive em português e se declarando, em diversos momentos do show, aos brasileiros. "Quando me apaixonei por uma brasileira, não imaginei que me apaixonaria pelo país inteiro. Vocês são muito especiais para mim", disse o músico.
O setlist seguiu com "n/A", que apesar de um intrumental mais pop, contrasta com sua letra sombria e profunda sobre uma batalha relacionada a vícios e saúde mental. "Sleepwalking", também cantada em coro, "Kingslayer", parceria com o grupo feminino japonês Babymetal, e "Parasite Eve".
Provando que não só morou no interior de São Paulo durante a pandemia, como também está a par da cultura do país, Oli Sykes convidou ao palco o funkeiro MC Lan e Di Ferrero, para uma colaboração na política e sarcástica "Antivist", música que já havia contado com a participação de Pabllo Vittar na passagem da banda por aqui em 2022.
"Follow You" e "LosT" abriram espaço para a bela e dramática "Can You Feel My Heart?", que ajudou a moldar esta fase mais emotiva do Bring Me The Horizon, servindo como uma espinha dorsal do álbum "Sempiternal".
O bis ficou com as faixas "Doomed", "Drown", com o frontman descendo do palco para se aproximar da plateia, abraçando diversos fãs que estavam grudados na grade, fechando o show, que a própria banda considerou o maior da carreira, com "Throne", do álbum "That's The Spirit", de 2025. "Gratidão... "Grati 'fucking' dão", disse Oli Sykes ao agradecer o público pela noite no Allianz Parque.
Se alguém dizia que o legado de bandas gigantes dos anos 70/80/90 não deixariam substitutos para lotar estádios e arenas, o show do Bring Me The Horizon na capital paulista certamente prova o contrário, principalmente ao buscar se comunicar com um público que, em sua maioria, está abaixo dos 30 anos, ainda que carregue seus 20 anos de carreira nas costas.
Confira o setlist completo dos shows abaixo:
THE PLOT IN YOU
"Don't Look Away"
"Divide"
"Pretend"
"Paradigm"
"The One You Loved"
"Face Me"
"Been Here Before"
"Forgotten"
"Spare Me"
"All That I Can Give"
"Left Behind"
"Disposable Fix"
"Feel Nothing"
SPIRITBOX
"Cellar Door"
"Jaded"
"Angel Eyes"
"Soft Spine"
"The Void"
"Perfect Soul" (tocada pela 1ª vez ao vivo)
"Hurt You"
"Yellowjacket (Feat. Sam Carter)"
"Blessed Be"
"Rotoscope"
"Circle With Me"
"Holy Roller"
"Hysteria"
MOTIONLESS IN WHITE
"Meltdown"
"Sign Of Life"
"Thoughts & Prayers"
"Masterpiece"
"Slaughterhouse (Feat. Bryan Garris)"
"Werewolf"
"Abigail"
"Reincarnate"
"Another life"
"Somebody Told Me (The Killers cover)
"Voices"
"Eternally Yours"
BRING ME THE HORIZON
"Darkside"
"Mantra"
"Happy Song"
"Teardrops"
"AmEN!"
"Kool-Aid"
"Shadow Moses"
"n/A"
"Sleepwalking"
"Kingslayer"
"Parasite Eve"
"Antivist" (com participação de MC Lan e Di Ferrero)
"Follow You"
"LosT"
"Can You Feel My Heart?"
Bis:
"Doomed"
"Drown"
"Throne"