Ei, nené, São rãs e sapos No quintal vazio Ei, nené, São chuvas finas Na beira do rio Um bicho brabo nas brenha Prás bandas lá da mucajá Neném, a ginga das "égua" Na noite preta, tum-tá-tá
E é tanto terço No roxo do frio Tum-tá-tá São sete embalos na rede navio
Um tiro longe, Quem fere prás bandas lá da mucajá? Neném, teus "filho" no mundo Na noite preta, tum-tá-tá
Mata de mata que na terra de tua saia, Menina, mãe d'água aguou Terra de terra que na mata de teu cabelo Rescende cheiro-cheiroso, chuva, funga que fungou Rio de rio que na maresia dos olhos, Menina, desembocou Noite de noite que na cabeçeira da ponte se afoga Peixe bubuia, moça, caboco emprenhou
Um pau-de-arara, silêncio, Prás bandas lá de mucajá Tum-tá-tá morto, matado Na noite preta, tum-tá-tá
Ei, neném. adeus, quem dera Velas, ai marés Ei, neném, rio acre, o mundo Ai igarités
Preta tu não "tem" medo Tu não "tem" guia manicoré Flor, flor dos aramados Ferpa, farpado, seu coroné
Compositor: Raimundo Valter dos Santos Freitas (Valter Freitas) ECAD: Obra #204554 Fonograma #3275168