Em meio às folhas, duas flores Em meio às cores, duas rosas Em meio à vida, dois sabores Um olhar quente, mãos nervosas
Ela se fechava em seu casulo E ela adormecia no sofá Do medo ela fez o seu escudo E ela a timidez pra disfarçar A semana se arrastava Parecia não chegar Aquela noite inesquecível Aquele dia pra lembrar
Em meio à noite, duas luas Dois desejos num só blues Duas bocas num só beijo à meia luz Um dia de março Sem culpa e sem dor Pra se descobrir no amor Vulcão que por dentro Explodia e o corpo ardia De prazer e calor
A certeza do desejo morava num beijo A certeza da paixão no suor de suas mãos
Ela a olhou e falou: “Ela é linda!” Como se não percebesse ainda Que já não calava o coração. Algúem como ela, tão distraída, Não teve saída, deixou-se entregar Alguém como ela, tão apaixonada Não deixaria nada do amor escapar
Para o seu coração nada é impossível A paixão é invencível, como os brios do ator. Lutará por seu amor até que o mundo lá fora (Que fere, castra e devora) Se canse e entenda de vez seu amor, seu amor, seu amor!