Tu me mandaste embora, eu irei Mas comigo também levarei O orgulho de não mais voltar
Mesmo que a vida se torne cruel Se transforme numa taça de fel Este trapo tu não mais verás
Eu seguirei com o meu dissabor Com a alma partida de dor Procurando esquecer
Deus sabe bem quem errou de nós dois E dará o castigo depois O castigo a quem merecer
Boemia, aqui me tens de regresso E suplicante te peço A minha nova inscrição Voltei pra rever os amigos que um dia Eu deixei a chorar de alegria Me acompanha o meu violão Boemia, sabendo que andei distante Sei que essa gente falante Vai agora ironizar
Ele voltou! O boêmio voltou novamente Partiu daqui tão contente Por que razão quer voltar?
Acontece que a mulher que floriu meu caminho De ternura, meiguice e carinho Sendo a vida do meu coração Compreendeu e abraçou-me dizendo a sorrir Meu amor, você pode partir Não esqueça o seu violão Vá rever os seus rios, seus montes, cascatas Vá sonhar em novas serenatas E abraçar seus amigos leais
Vá embora, pois me resta o consolo e alegria De saber que depois da boemia É de mim que você gosta mais"
Compositor: Adelino Moreira de Castro (Adelino Moreira) ECAD: Obra #5730817 Fonograma #251061