Valentões de Medellín
A garganta seca como um deserto
É a do negro que canta
E que me deixa atento
Para saber se algo me mata
Ou se me tira o fôlego
Viver amargo ou
Morrer dando um show
Não há erros nem acertos
São apenas tentativas
Estou desfeito
Por querer ver estrelas
Através de um teto
Pensando em besteiras
Enquanto meu peito explode
Meu rosto parece um
Desenho mal feito
Mas isso é o de menos
Vem, vamos sair juntos
Para cantar
As mesmas três músicas
Que você e eu sabemos
E o que vamos fazer?
Não há plano, vamos ver
Não importa a hora
Ou onde nos encontramos
E eu digo, o que há de bom?
Com frio de morto
Saindo de um caixão
Não quero nenhuma vadia
Muito menos ser o rei do sul
Quero que meus amigos
Cantem minhas músicas em Malibu
E quem são vocês?
E o que eu sei
Não somos ricos
Nem somos filhos de Deus
Por que tantas perguntas?
Amigo, marque o dois
Gole de saliva para
A secura e para a tosse
Par de vozes moribundas
Cantando músicas de rap
Sem vontade de parar
Sem tempo para perder
Sem dinheiro para perder
Sem amores para chorar
E a cabeça voando
Que está prestes a explodir
Eles nos veem como novatos
Mas como hopkins
Somos valentões de Medellín
Uma música no guardanapo
Não vestimos stussy
Também não vestimos cangris
Mas sempre estamos irritados
Com fome de flows e clássicos
Ouvimos o hard shit
E um baseado depois da aula
Cumprimento com o punho e
Fazemos as pazes
Ninguém ouviu nada
Daquele alfaiate de amostras
Com a mente em desordem
Que reclama de seu enxame
A maldita ansiedade nos
Mantém em prisão domiciliar
E embora eu saia
Me custa me estabilizar
E como tio alejo
Eu comecei a me procurar
Olhando para os lados
Por se alguém quiser me matar
Mas não acontece, não
Mas não acontece
Com o lábio cortado
Mas chegamos em casa
O corpo quente
E a morte é adiada
Enquanto o boombap toca
E bebemos cerveja em xícaras
Salto, pulo se acelero
Em um ressalto
No filme dos outros
Sou um ator coadjuvante
Mas eles prestam atenção em mim
Pelos alto-falantes
Que eu divido
E as pérolas do meu rap
Eu as separo dos faladores
Preciso de um respiro
Porque isso não para
A música não dorme
Então eu molho meu rosto
O beat me bateu
Fez-me sentar e
Me obrigou a bater mais forte
Cada vez que eu cantava
Medallo Bullies
La garganta hecha un desierto
Es la del negro canta
Y que me pone atento
Pa' saber si algo me mata
O si me quita el aliento
Vivir amargo o
Morir dando un concierto
No hay errores ni aciertos
Son sólamente intentos
Estoy desecho
Por querer ver estrellas
A través de un techo
Pensando en guevonadas
Mientras se me estalla el pecho
Mi cara parece un
Dibujo mal hecho
Pero eso es lo de menos
Vení parchemos
Pa' que cantemos
Las mismas tres canciones
Que vos y yo nos sabemos
¿Y que qué haremos?
No hay plan, ahí veremos
No importa a qué hora
Ni donde nos pillemos
And I say wassgood?
Con frío de muerto
Saliendo de un ataúd
Ion want no hoes
Menos ser el rey del sur
Quiero que mis panas
Canten mis temas en Malibu
Y quiénes son ustedes?
Y qué sé yo
No somos de plata
Ni somos hijos de Dios
Por qué tantas preguntas?
Panita, marcá el dos
Tragos de saliva pa
La seca y pa la tos
Par de voces moribundas
Cantando temas de rap
Sin ganas de parar
Sin tiempo pa gastar
Sin lukas que perder
Sin amores que llorar
Y la cabeza en vuelo
Que está a punto de estallar
Nos ven cara de newbies
Pero como hopkins
Somos medallo bullies
Un tema en la napkin
No vestimos de stussy
Tampoco de cangris
Pero siempre andamos angry
Hungry de flows y classic
Escuchamos la hard shit
Y un cañamo después de clases
Saludo con el puño y
Hacemos las pases
Nadie ha escuchado na
De ese sastre del sample
Con la mente hecha un desastre
Que se queja de su enjambre
La hijueputa ansiedad nos
Tiene en casa por cárcel
Y aunque me parche
Me cuesta estabilizarme
Y como tío alejo
Yo comencé a buscarme
Mirando pa' los lados
Por si alguien quiere matarme
Pero no pasa, no
Pero no pasa
Con el labio roto
Pero llegamos a casa
El cuerpo caliente
Y la muerte se retrasa
Mientras suena boombap
Y tomamos cerveza en taza
Salto, reboto si acelero
En un resalto
En la película de otros
Soy un actor de reparto
Pero me paran bolas
Por los parlantes
Que parto
Y las perlas de mi rap
De parladores las aparto
Necesito un respiro
Porque esto no para
La música no duerme
Entonces me mojo la cara
El beat me dio de golpes
Hizo que me sentara y
Me obligo a pegarle más duro
Cada que cantara
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