25 de Dezembro
Na periferia 25 de Dezembro,nunca é um dia pra
comemorar,o pai sofrendo,vendo a criança morrendo,me
deram um presente pra matar, que dia é esse pra mim é
só um dia normal, só é feliz pro boy de terno tomando
curaçal,quem ceia tem dinheiro montado no seu
bonde,não vê o pobre comer osso doado do açougue, aqui
presente te dão um 38,rouba, mata o outro garante o seu
rizoto, quem trafica controla sua vontade quem sonha
com presente faz o crime na cidade, o moleque c/ glock
a discrensa dos parente vo mata o Papai Noel porque
não trouxe o meu presente, mas quem come peru, lasanha
e da o rabo, é a filha da governadora do estado, não
enxerga a família, o pai desesperado,comendo a carniça
de cachorro no churrasco,natal pro boy é champanhe e
carne branca,toma uísque e foder com 10 puta na
cama,Deus eu juro ñ queria meter a padaria e garanti
pros parente um pouco de alegria,eu sem nada ajoelho e
agradeço a Jesus,o boy tem tudo e mesmo assim,gospe na
cruz;Senhor desgraça o boy de carro,faz ele cair na
mira do favelado,o burguês de Mercedes com dois tiros
na porta desabafa com a polícia,e diz que a vida é
foda,foda é vê minha mãe chorando uma vela num canto
fazendo promessa pra qualquer santo, eu tô c/ raiva
uma Pt, 15 bala no pente, em direção á York vou buscar
meu presente.
Refrão (2x)
É dia de natal,mas não tem alegria, tiro todos os
dias,destruição de famílias, é dia de natal mas não
tem alegria, não existe a paz, na periferia
É triste a situação do pobre natal é pro playboy com
comida no estoque, o analfabeto arrancando carteira do
seu bolso, querendo corrente de ouro no pescoço, não tô
pelo colar da puta da sua filha,engole seu roléx, sua
gargantilha, da carro 0 de natal pro seu filho,só
assim ele é chutado e roubado na pádriabilho, o meu
presente tá embrulhado com laço no cofre, o papai Noel
de farda não quis me da o malote, sente a raiva do
excluído, o escrivão da favela que aponta o cano e da
o tiro no meio da sua testa,meio dia de natal eu faço
minha oração agradeço pela ceia,metade de um pão,na
favela quem não rouba não tem, vida não tem festa,só
motiva ver o sangue do boy de Fiesta, pra que limosine
segura com uma Fal, pra morrer sendo abordado no
sinal,eu sou mais um moleque olhando pro céu, sonhando
com rena,presente papai Noel não é meu dedo que eles
mandam por sedex, sou o ladrão que a polícia lumina
com giroflex, diz pra vaca da sua mãe que eu não quero
sua esmola, pão velho na calçada com resto de
coca-cola, sem oportunidade, dormindo no relento, pé
no chão sem camisa na entrevista pro emprego,quem tem
dinheiro e banca o filho da madame pra compra cordão
de ouro, anel com diamante é sempre assim quem pode
mais despreza o humilde ? eu desprezo totalmente a
raça pobre? 25 de Dezembro por aqui,nunca foi um
motivo pra sorrir.
Refrão (2x)
É dia de natal, mas não tem alegria,tiro todos os
dias, destruição de famílias, é dia de natal mas não
tem alegria,não existe a paz,na periferia
Quem espera o ano-novo feliz e contente,já tem
emprego garantido na empresa do parente já o favela
não sente motivação,alegria é um paieiro achado no
calçadão, vamo tia é natal i eu não ganhei
presente,encosta na parede,tira o aparelho de ouro do
dente,só assim vou na fruteira e cato várias melancias
garantindo sustento da família,o bóy jogado no sofá
bebendo Martini,enchendo o cu de álcool,uma garrafa de
uísque, tablete de maconha vários DVD vamo lá mata o
boy que a favela quer ver,joga fora a bandeja com a
sobra do peru,Salada a La Francêsa enfia no cú,não
quero seu rango amaldiçoado tô feliz com um ovo frito
dividido no prato,Papai Noel atende o meu pedido me da
uma P-40 pra eu matar o rico,eu sou o preto do morro 25
de Dezembro esperando o boy na porta do apartamento vou
entrar,por fogo na poltrona,levar seu videokê dar de
presente pra coroa,o cuzão do Celta enriquece o
traficante,Vós Da Verdade a todo pau no alto-falante,
moleque eu sei que bate fome e sede e quem paga é a
cabeça da burguesa na parede,cansei d ver meu pai
vende sapato,pra qualificar a comida no meu prato,vai
ver sua filha agonizar até morrer porque um preto com
revólver queria comer,é dia de natal e ninguém se
incomoda meu presente é um laço embrulhado na
pistola.
Refrão (4x)
É dia de natal,mas ñ tem alegria,tiro todos os
dias,destruição de famílias,é dia de natal mas ñ tem
alegria,não existe a paz,na periferia
Compositor: Mano Gueto