Meu trabalho por si só não garante o bem gentil dá direito à pátria irmão, não a pátria do fuzil
O alarme desperta todo dia às 6: 00 desde os 16 Pra pagar as contas e comprar ração no final do mês O movimento é pendular O mesmo filme repetido entre o trabalho e o lar Vivendo a vida como um vinil de uma só track Vida de gado, Zé Ramalho, num "back to back" Não teve o tempo de Sêneca, cansaço na têmpora Sangue suor e lágrima pra temperar Mentes colonizadas trocam sua própria raiz Por um mal que nem plantou Corpos terceirizados tecem atados Um futuro assaltado como o trem pagador Onde serão triturados por decisão dos senhores Que analisam o meu desempenho E assim seguem os tempos modernos Com vermes em ternos de 10 mil E o retorno do povo pro engenho
Meu trabalho por si só não garante o bem gentil Dá direito à pátria irmão, não a pátria do fuzil
Eu colhi cana pra por grana no teu bolso Pra ver teus cana dando tiro no meu povo Tua Tv que engana é só mentira no jogo Sorriso cínico e racista na tela de novo Em cada esquina uma sequela e a violência é o troco No jogo de damas mais uma trama das 8 Acende a chama onde o ódio só inflama Movido a cocaína pagode e Brahma
A culpa no trono e o crime vem O medo te põe na mira ou no porta-malas de refém Infância roubada, Brasil Babilônia E nessa porra eu não sou ninguém
Meu trabalho por si só não garante o bem gentil Dá direito à pátria irmão, não a pátria do fuzil
Compositores: Rafael Oliveira Dias (Rdd), Reinaldo Neves de Santana, Ricardo Barreto Santana, Rodrigo Jose Jorge Silva, Jeferson Rodrigues Barbosa, Ivanilton Souza dos Santos, Victor Barreto Santana ECAD: Obra #32838637 Fonograma #16108250