Sinto-te perto quando estás distante Sinto-te distante no meu pensar obstante Alvorada risonha a cada amanhecer vital Incógnita no vazio deste mundo material Patrimônio latente como a prole na matriz O dirimir quando a lágrima não apaga a cicatriz Vacticínio irrevogável do próximo fim Nunca foste, pois, és quando brota o mim Sim, o vento oriental nas montanhas de Efraim Ou mesmo no ribeiro de Cedron Profundo sentido de um oximoro Por ti, derrubei preconceitos no meu caminhar Moldei com o primor do desejar Uma cidade sem igual no brilho do teu olhar Por ti fiz-me arrogante e magoei pessoas íntimas Paguei com a vida o julgamento das tuas lágrimas
II Estrofe
Além de um argumento ou do poder da ciência És a resposta das minhas contingências Contigo a morte não é o fim Eternamente as ruas são parte de mim Contigo sou, Eliphas Levi cada vez mais raro A eloquência de Senghor numa estátua de barro A devoção de Hindús p`ra contramão Carácter genérico na cinética da expressão Mecanismo viável p`ra rebelião És o humor que segrego mas, ninguém vê no meu rosto Eternamente fria como a água do mar morto Como Sat Sang, vivo na tua sombra Sob dia ou noite, sob escarpas e alfombras As folhas podem secar mas, a raiz permanece E os sorrisos que morrem rejuvenescem no embrião que cresce Que cresce, porque o crescer cresce
Refrão Conheci-te nas paredes do meu quarto O silêncio! Não, não me deixou farto Aprendi a morrer duas vezes num segundo Contigo vou mais profundo