Eu sei Eu quis demais E o sonho nada trás Sonhar seduz a paz Eu sei Eu vi Em meu crescer Que eu vou sempre dar a mim
Imploro a luz e sigo sempre à sombra Imploro a morte e volto à luz
Alguém pensou em mim à boca da varanda Eu não senti que houvesse alguma razão para amar Imploro a queda como quem não quer saber
É tempo de nascer devagar Não quero ver o fim chegar sem eu nascer devagar Eu não quero ver o fim sem eu nascer
Quando eu sonho eu levo a minha força até ao fim E quando o sonho acaba cego Eu olho fundo para mim E não vejo nada além da tão real ausência de outra luz E só por ela volto à cruz À minha cruz
Eu vi meu pai nascer na mesma cama de outros homens E hoje eu sei Eu aprendi
Já nada importa agora à luz Do trago de onde vim. Se à luz lá fora eu quero que haja luz em mim
É tempo de nascer devagar Não quero ver o fim chegar Sem eu nascer devagar Eu não quero ver o fim sem eu nascer
Vem ver Quem vi nascer É filho de outra guerra No trilho de outra paz
Alguém entrou em mim Entrego a minha espada Eu não senti que houvesse alguma razão para amar Imploro a queda como quem não quer saber
É tempo de nascer devagar Não quero ver o fim chegar sem eu nascer devagar Eu não quero ver o fim sem eu nascer