Sou mais uma carta das cartas marcadas por tio Bento meu senhor, ô ô ô ô ô meu baralho tá sem copas tá sem ouros nas espadas eu perdi só pau que me restou eu tô torcendo por curingas que salvem o meu jogo que tirem minhas trancas que tirem meus contornos as fronteiras que cercam das cartas marcadas por tio Bento meu senhor, ô ô ô ô ô
Tá difícil ou bem simples de explicar? Roubaram o meu monte Tão querendo me trucar Eu não tenho o que comprar Eu não tenho o que vender Me enfiei nesse buraco Onde vivo até morrer Nas 21 chances Apostei tudo o que e tinha Ô tio Bento, seu safado, cadê Tininha?
Ele respondeu
A Tininha apostou alto e perdeu O que ela tinha não pagava a tio Romeu Que de mal jeito lhe forçou a lhe pagar mais Pegou de jeito e lhe levou pro mato lá atrás O cara rude começou a lhe bater Vai dar por bem, mal, ou vou matar você Sua palavra acertou seu coração Mundo sem perdão Até na teve-ilusão Eita mundo sem perdão Eita mundo sem perdão
Pena que no nosso mundo O nosso mundo é crueldade Pena que vivo sem rumo Procurando lealdade
Mais uma carta do baralho se foi
Compositor: Thiago Lobao de Almeida (Iago A Filantropia) ECAD: Obra #2920972