Às vezes bate a saudade no peito e no coração Quando me vem na lembrança A igrejinha do sertão Aqui era tudo humilde e não tinha exaltação A igreja nunca foi fria o fogo do céu caia Deus batizava os irmãos
O culto era abençoado Deus derramava poder Ninguém ficava parado e dava gosto de ver No repique da viola Deus fazia o chão tremer E quando os irmãos Louvavam Jesus vinha receber
Nem sempre a gente entende Quando Deus quer trabalhar De repente em minha vida tudo começou mudar Deixei a minha fazenda meu gado ficou por lá Com o coração partido do nosso sertão querido Eu tive que me afastar
No dia da despedida eu fui na congregação Ver pela última vez e abraçar os meus irmãos Já morrendo de saudade eu deixei o meu sertão Pra vir morar na cidade e cumprir minha missão
Quando cheguei na cidade Confesso não vou negar Nessa vida diferente foi díficil acostumar Ao entrar na igreja que eu iria congregar Foi grande a emoção ao ver Que o Deus do sertão é o mesmo que aqui está
Aqui eu vivo contente Eu sei não posso reclamar Mais vivo pedindo a Deus Que me deixe logo voltar E rever os meus irmãos Que estão a me esperar Pra matar essa saudade E vai a nossa homenagem Aos irmãos que estão lá
Compositores: Flavio dos Santos (Flavio Santos), Helio dos Santos (Irmaos Levita), Orlando Vieira do Nascimento (Orlando Vn) ECAD: Obra #593391 Fonograma #1521020