Os Mateadores
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Sovando Basto

Os Mateadores


Larga pra mim esse lobuno meu patrĂ­cio
Que eu tenho o vĂ­cio de tirar manhas de potro
Eu fui criado nessa lida campesina
É minha sina domar um e campear outro
Gosto de ver um crinudo dando um berro
Eu firmo o ferro bem na volta da paleta
Caso boleia eu alço a perna e ouço o estouro
Nacos de couro vem nos dentes da roseta

Sou do Rio Grande
Sou domador
De tirador
E mando gasto
Mas tenho orgulho desta vida que eu falo
Tendo um cavalo vou seguir sovando basto

Quanto ventena jĂĄ bateu garra comigo
Ritual antigo que o campeiro faz por gosto
Me agrada mesmo Ă© quando o maula se empina
Eu sinto as crinas se batendo no meu rosto
Jamais esqueço um zaino negro que parada
Toda a peonada tinha por maula o tinhoso
Caiu a tarde trouxe de volta domado
No meu costado lhe passando a mĂŁo no toso

Sou do Rio Grande
Sou domador
De tirador
E mando gasto
Mas tenho orgulho desta vida que eu falo
Tendo um cavalo vou seguir sovando basto

Perdi a conta dos cavalos que domei
Por onde andei tirei cosca de aporreado
Dando aos potros ensinamento e firmeza
Tenho a certeza nunca ficou um mal domado
E quando a morte vier dobrar o meu toso
Façam meu posso costeando um mangueirão
Pra quando eu ouvir ??Forma Cavalo??
Salto do valo e saio de freio na mĂŁo.

Compositores: Marcio Peixoto Correia (Marcio Correia), Tamares Geraldo Panerai Gavioli (Tamares Gavioli)
ECAD: Obra #239027 Fonograma #1186431

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