Esta vaneira tem o cheiro de galpão que reacende meu olfato de guri é pai de fogo da memória dos fogões essência bugra que me trouxe até aqui.
Esta vaneira tem o cheiro chimarrão de seiva chucra derramada no braseiro quando a fumaça do angico se mistura com o odor de figueirilha no palheiro quando a fumaça do angico se mistura com o odor de figueirilha no palheiro.
Esta vaneira tem um Q de quero mais que reativa um paladar que já foi meu relembra a rapa da panela que furou e num cantinho da memória se perdeu.
Esta vaneira tem sabor de araça jaboticaba, guabiroba e ariticum por isso lembro o tempo bueno de piá enlambuzado de pitanga e guabiju por isso lembro o tempo bueno de piá enlambuzado de pitanga e guabiju.
Esta vaneira tem o dom de reviver fazer as cores que o tempo desbotou sentir as formas que o tato esqueceu e ser de novo o que eu fui e já não sou.
Esta vaneira tem um Q de nostalgia que traz de volta o romantismo do cantor revigorando um coração que endureceu e não queria mais ouvir falar de amor revigorando um coração que endureceu e não queria mais ouvir falar de amor.
Compositores: Nilo Bairros de Brum (Nilo Brum), Sergio da Rosa (Sergio Rosa) ECAD: Obra #15078 Fonograma #1323896