Quanto tempo será necessário pra aprender as lições de um pai? Uns aprendem depois que se casam Tem alguns que não aprendem jamais Sorte tem quem aprende mais cedo antes que seja tarde demais
Certa vez um senhor muito rico Com empresas, fazenda e dinheiro Muito gado e mil servidores um só filho, seu único herdeiro Ao contrário do pai lutador no trabalho um bravo guerreiro O seu filho era um folgazão Ao trabalho não dava atenção E dos bens não cuidava com zelo
Já cansado de tanto insistir pra que o filho tomasse tenência O homem rico reuniu empregados disse: Já vou tomar providência Construiu um pequeno seleiro já prevendo a grande decadência E no centro desta construção pôs uma forca com as próprias mãos Para o filho seria a sentença
Lá na forca uma frase dizia Pra que eu nunca mais desobedeça Ao sentir que deixava este mundo pai e filho sentaram-se à mesa Disse o pai: Eu lamento prever que irá dissipar a riqueza Com mulheres, orgia e amigos mas o último pedido eu digo Deverá se enforcar com certeza
Como o tempo passou brevemente logo a previsão se cumpriu E o jovem pôs tudo a perder e num labirinto se viu Se lembrou do pequeno seleiro e do último pedido que ouviu Como não lhe restava mais nada quis, quem sabe, no fim da jornada Atender ao que o pai lhe pediu
Desejando uma segunda chance pobre moço subiu os degraus Colocou no pescoço a corda e pulou pressentindo o final Quando a corda apertou-lhe a garganta a madeira da forca quebrou Sobre ele caiu joia rara mais riqueza e um bilhete declara Nova chance do pai que te amou
Compositor: Osvaldo da Silva Toledo (Osvaldo Toledo) ECAD: Obra #13459705