Rei do Pagode
Afirme o pé, companheiro
Bambeia o nó da gravata
Nós vamo cantá um pagode
Que chegou na hora exata
Por aí tem um caboclo
Quando canta me maltrata
Eu vou dá minha resposta
E não é muito pacata
Vou tratar meus inimigos
Do jeito que eles me trata
Tenho dó desse coitado
Eu deixo que ele se bata
Com sua língua nos dentes
Com modas que desacata
Na escada do sucesso
Ele subiu dando rata
A queda dele foi dura
No tombo quase se mata
Não acerta mais um passo
Está jogado pras barata
A verdade é cristalina
É igual água de cascata
Essas modas de abatê
É uma coisa muito chata
Não falar mal dos colega
É a coisa mais sensata
Esses violeiro invejoso
Reclama da sorte ingrata
Pros escravos da inveja
O meu pagode é uma chibata
No lugar aonde eu canto
O povo todo me acata
Sou querido das morenas
Das loirinha e das mulatas
Ganhei medalhas de ouro
Não contando as de prata
O Brasil inteiro fala
Dos violeiros eu sou a nata
Onde eu canto o meu pagode
Meu sucesso é na batata
Sou um leão africano
Quando dá um grito na mata
Os bicho pequeno corre
Igualzinho um vira-lata
No lugar que pisa o leão
Cachorro não põe a pata
Nossa coroa de rei
Quero ver quem arrebata
Nossos laços de amizade
É um nó que não desata
Compositores: Lourival dos Santos, Moacyr dos Santos
ECAD: Obra #2483889 Fonograma #836426Ouça estações relacionadas a Ouro Preto e Boiadeiro no Vagalume.FM