Como eu posso ser feliz em minha vida Vivendo ausente da mulher eu mais amei Com tristeza eu recordo a despedida Daquela ingrata com quem eu tanto sonhei
E sozinho hoje eu entro no meu quarto Esta saudade faz os meus olhos chorar O meu consolo é beijar o seu retrato Enquanto os outros no seu rosto vão beijar
Ela tem tudo que sonha neste mundo O seu desejo era viver na liberdade Também em um peito este golpe tão profundo Deixando em mim a cicatriz da falsidade
Beijar a aliança que ela ainda traz no dedo Foi recebida de joelho em frente ao altar A lei divina foi pra ela um brinquedo Indo pra lama desprezando seu próprio lar
Hoje ela vive de boêmios rodeada Trocando abraços por um copo de bebida Todos se afastam quando chega a madrugada Fica sozinha maldizendo a própria vida
Mesmo o seu rosto nem esconde mais a magoa Olha a aliança que é o espelho do passado Chama o meu nome com os olhos rasos d’agua E pouco a pouco vai pagando o seu pecado
Compositores: Benedito Onofre Seviero (Benedito Seviero), Ludovico Colognes (Paiolzinho) ECAD: Obra #23740