Hoje meu peito é um quarto escuro abandonado No canto esquerdo meu coração é o cofre do amor Nele conserva todas as mágoas e desenganos Sonhos que guardo no porta jóia da minha dor
Você ingrata é que conhece todo o segredo Só teu carinho consegue abrir o meu coração Que bom seria se novamente você entrasse Neste meu peito, recanto triste da solidão
Você, ingrata, usando a chave da falsidade De minha vida sem piedade você roubou As esperanças e toda a minha felicidade O meu futuro, a minha paz e tudo o que sou
Neste meu cofre deixou apenas velhas lembranças Como se fossem simples rascunhos de anotações Dias e horas que assinalaram nossos encontros E pouco a pouco se transformaram em desilusões
As horas longas de meu desterro foi transformando Em aço puro o meu coração que jamais se abriu Só o seu beijo queimando em brasa conseguiria Atravessar a parede dura de aço frio
Me lembro ainda aquele tempo que me amava Seus doces beijos eu recebia com tal calor Que eu sentia quebrando tudo aqui por dentro Fazendo em cacos meu inquebrável cofre do amor
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositor: Augusto Cavalcante (Odilo) ECAD: Obra #15736 Fonograma #1087140