Graciano era um homem de fibra Que veio ao mundo com a sina traçada Deixou cedo a casa dos pais pra viver na lida com a peonada Aprendeu lacar com destreza e ser mestre na invernada Golpeando e pegando a unha ele era mesmo uma grande parada Até que um dia a sorte lhe sorriu Um cupido seu peito feriu casou com uma moça de vida bastarda
Essa sorte que veio da sina era o que faltava pra ele subir Sua esposa era a única filha de um fazendeiro criador de gir Herdou cedo a herança do sogro Que desse mundo deixou de existir Com talento e muito trabalho em pouco tempo a riqueza expandiu Com muitas fazenda cheia de gado e na cidade vários sobrados 10 Postos de insumos ele veio abrir
Com os compromissos na agenda não tinha mais tempo pra nada Pernoitava numa fazenda na flor da manha já estava na estrada Sua esposa muito aborrecida disse a ele com a voz embargada Você não tem tempo pra nós já estou sentindo muito mal amada Mais eu tenho uma solução vamos comprar um avião Você ganha tempo e resolve a parada
Mesmo sendo um homem de fibra era surpetioso o rico pião Disse a ela com delicadeza e sinceridade no coração Eu prefiro correr todos riscos que existe no estradão Só me senti um homem seguro com os pés colado ao chão Se a morte andar pelos ares nunca vou morrer desse mal Porque eu jamais entro num avião
Até que um dia ele saiu pra ver as terras de um velho freguês Com destino a mato grosso pegou a br 163 Bem perto de rondonópolis veja o que o destino lhe fez Uma pani fez um teco teco pousar no asfalto bem antes das 3 Não deu tempo de pisar no freio graciano chocou bem no meio O fogo cobriu e o pião se desfez
Compositores: Sebastiao Assis de Carvalho (Sebastiao de Assis), Paulino Ramos da Cruz (Paulo Cruz) ECAD: Obra #4746204 Fonograma #2106208