Paulo Cruz e Zé Eduardo

Graciano

Paulo Cruz e Zé Eduardo


Graciano era um homem de fibra
Que veio ao mundo com a sina traçada
Deixou cedo a casa dos pais pra viver na lida com a peonada
Aprendeu lacar com destreza e ser mestre na invernada
Golpeando e pegando a unha ele era mesmo uma grande parada
Até que um dia a sorte lhe sorriu
Um cupido seu peito feriu casou com uma moça de vida bastarda

Essa sorte que veio da sina era o que faltava pra ele subir
Sua esposa era a única filha de um fazendeiro criador de gir
Herdou cedo a herança do sogro
Que desse mundo deixou de existir
Com talento e muito trabalho em pouco tempo a riqueza expandiu
Com muitas fazenda cheia de gado e na cidade vários sobrados
10 Postos de insumos ele veio abrir

Com os compromissos na agenda não tinha mais tempo pra nada
Pernoitava numa fazenda na flor da manha já estava na estrada
Sua esposa muito aborrecida disse a ele com a voz embargada
Você não tem tempo pra nós já estou sentindo muito mal amada
Mais eu tenho uma solução vamos comprar um avião
Você ganha tempo e resolve a parada

Mesmo sendo um homem de fibra era surpetioso o rico pião
Disse a ela com delicadeza e sinceridade no coração
Eu prefiro correr todos riscos que existe no estradão
Só me senti um homem seguro com os pés colado ao chão
Se a morte andar pelos ares nunca vou morrer desse mal
Porque eu jamais entro num avião

Até que um dia ele saiu pra ver as terras de um velho freguês
Com destino a mato grosso pegou a br 163
Bem perto de rondonópolis veja o que o destino lhe fez
Uma pani fez um teco teco pousar no asfalto bem antes das 3
Não deu tempo de pisar no freio graciano chocou bem no meio
O fogo cobriu e o pião se desfez

Compositores: Sebastiao Assis de Carvalho (Sebastiao de Assis), Paulino Ramos da Cruz (Paulo Cruz)
ECAD: Obra #4746204 Fonograma #2106208

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