Um fazendeiro de nome Pra quem vivo trabalhando Não gostava da esposa Só vivia namorando Um certo dia cismou Saiu de casa e passou Uns trinta dias farrando
A mulher do fazendeiro Uma verdadeira dama Disse pra mim tô carente Meu esposo não me ama Até aqui fui fiel Tenho esposo no papel Mas sempre faltou na cama
Falei no ouvido dela Eu só não tenho dinheiro Mas sou muito carinhoso Só dou amor verdadeiro Ela me apertou no colo E eu agora deito e rolo Na cama do fazendeiro
Quando tava eu e a dona Da fazenda apaixonados O fazendeiro voltou Chorando por seus pecados Quase que o dono dos bois Ia pegando nós dois Na cama dele agarrados
Ela me disse que ainda Não pode ser toda minha Mas quando ele sai de casa Me agarra e me acarinha Me beija e me abraça forte E o fazendeiro por sorte Depois pega uma sobrinha
Ela me fez dois pedidos Um é que eu só pense nela O outro é que eu môxe o gado Homenageando a ela Enterre os chifres ou venda Que com chifres na fazenda Só basta o marido dela
Quem passa por mim comenta Bicho de sorte é vaqueiro Quem vê meu patrão resmunga Pense num bicho galheiro O boato se propala Só quem já morreu não fala Nas galhas do fazendeiro
Meu medo é que o fazendeiro Descubra o nosso namoro Queira mandar me matar Ou se desmanche no choro Tome um porre e se aborreça Quando sentir na cabeça As duas armas do touro
Compositor: Francisco Costa do Nascimento (Paulo Nascimento) ECAD: Obra #3101230