Quanta saudade de um berrante repicando Amadrinhando uma boiada no estradão Ver a poeira formar nuvens no espaço Sentir cansaço do troteio de um pagão Sentir o gosto da comida boiadeira A costumeira carne seca no feijão Levar a vida sem parede e sem telhado Tocando o gado nas estradas do sertão
{Estribilho} Ei... boi... ei... boi; Toque o berrante, boiadeiro, ei boi
Na despedida uma cabocla na janela Coisa tão bela igual à flor do amanhecer Lá bem distante conversar com a saudade Sentir vontade de voltar para lhe ver Tingir a roupa com poeira da estrada Lá na pousada ouvir o gado remoer Armar a rede nos esteios do galpão Na escuridão se balançando e adormecer
Fui boiadeiro por gostar da profissão O estradão foi o meu mundo colorido Cada viagem uma estória pra contar A cavalgar pelos rincões desconhecidos Sem comitiva, sem berrante e sem boiada Por outra estrada solitário agora eu sigo Não seu aonde colocar tanta saudade Felicidade já não vive mais comigo
Compositores: Jose Nir dos Santos (J.dos Santos), Manoel Nunes Pereira (Peao Carreiro) ECAD: Obra #13594 Fonograma #6145