Peão e Praense

O Crioulão

Peão e Praense


Eu não devia ter emprestado meu carro
Para sujar todo de barro e ficar todo amassado
É o que dá emprestar um carro novo
Fino igual casca de ovo a um amigo descarado

Pegou meu carro e por aí foi esnobar
Bateu e pra não pagar diz que a lei é incorreta
O sem vergonha rachou meu carro no meio
Botou a culpa no freio tirando o dele da reta

Ah! Ele vai ter que me pagar
Ah! se vai
Paga ou entra no porrete
Só de ver o negão que vai cobrar
Dá pra ele imaginar o tamanho do cassete

O safado encheu a cara de cachaça
Foi dar volta lá na praça dirigindo só de cueca
No meu carrão dando uma de importante
Com uma mão no volante e outra na perereca

Tinha mulher até em cima do motor
No embalo do licor dançando samba e xaxado
E de repente foi aquela cassetada
Que espalhou a mulherada por tudo quanto foi lado

Compositores: Jose Dercidio dos Santos (Praense), Jose Feliciano de Faria (Pinhalao)
ECAD: Obra #169498

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