Já vai alta a noite, vejo o negro do céu, deitado na areia, o teu corpo e o meu. Viajo com as mãos por entre as montanhas e os rios, e sinto no meus lábios os teus doces e frios.
E voas sobre o mar, com as asas que eu te dou, e dizes-me a cantar: "É assim que eu sou", olhar para ti e ver o que eu vejo, olhar-te nos olhos com olhares de desejo, olhar para ti e ver o que eu vejo, olhar-te nos olhos com olhares de desejo, eu não tenho nada mais p'ra te dar, esta vida são dois dias, e um é para acordar, das histórias de encantar, das histórias de encantar. Viagens que se perdem no tempo, viagens sem princípio nem fim, beijos entregues ao vento, e amor em mares de cetim. Gestos que riscam o ar, e olhares que trazem solidão, pedras e praias e o céu a bailar, e os corpos que fogem do chão.
Refrão
Compositor: Pedro AbrunhosaPublicado em 1994ECAD verificado fonograma #13311979 em 13/Abr/2024 com dados da UBEM